“Nós não vamos ser presos”, diz Joesley confiante em conversa gravada

O conteúdo dos novos áudios envolvendo o dono da JBS, Joesley Batista, está sob a análise do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que disse ter indícios que podem levar à anulação do acordo de benefícios previsto na delação do empresário que sustentou a denúncia contra Michel Temer.

Joesley depoimento - Reprodução

A gravação, supostamente feita por engano e anexada aos autos, revela uma conversa entre os advogados Francisco de Assis e Ricardo Saud, no qual Joesley orienta os dois empregados a fazerem uma aproximação com o então procurador Marcelo Miller, como um caminho para chegar até Janot e facilitar o fechamento de um superacordo de delação que assegurasse imunidade aos colaboradores, como acabou acontecendo.

Numa estratégia que nada se compara a uma ação de executivos, eles citam as tramas para tentar gravar um diálogo com o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, com o intuito de obter confissões do então ministro sobre supostas irregularidades de algum ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

O objetivo era usar falas comprometedoras de Cardozo para pressioná-lo a gravar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que supostamente seriam influenciados por ele e, assim, ter munição para aumentar as chances para selar um bom acordo de delação.

Porém, a estratégia não deu resultado. Na conversa com Cardozo ele não entrou na armadilha dos Batista. “Lamento muito todos esses fatos absurdos, mas não vou me pronunciar sobre isso”, disse Cardozo à revista Veja.

Em outro trecho, Joesley diz que o conteúdo da sua delação vai transformá-lo em “jóia da coroa” do Janot. “Ricardo, nós somos jóia da coroa deles. O Marcelo [Miller] já descobriu e já falou com o Janot: Ô Janot, nós temos o pessoal que vai dar todas as provas que nós precisamos e ele já entendeu isso”, disse Joesley.

Em entrevista ao Portal Vermelho, o jurista Afranio Jardim, professor de Direito Processual Penal da UERJ e procurador aposentado do Ministério Público do Rio de Janeiro, afirmou que os acordos de delação premiada, com abuso do poder de discricionariedade do órgão, colocaram a instituição nessa condição de refém.

“É um poder discricionário do MP que, como ex-promotor digo, não fortalece a instituição. Pelo contrário, fragiliza. Expõe perante a opinião pública. Um acordo entre promotor e um criminoso confesso afasta a lei penal e a lei de execução penal. Dá regime aberto para pena de 20 anos, quando a lei diz que esse benefício é somente para penas de até 4 anos. Eles estão fazendo o que querem e dá nisso.”

Em outro trecho, o dono da JBS assegura que as informações que tem vão garantir que ele se livre da prisão. “[…] nós somos muito mais e nós podemos muito mais… Aí até a Fernanda perdeu o controle. Aí até a Fernanda falou, calma. Supremo, não. Calma. Vai fuder meus amigos, vai… Só para, Ricardinho, eu não vou conseguir te explicar… Ricardinho, confia nimim. É o seguinte, vamo conversando tudo. Nós vamos tocar esse negócio. Nós vamos sair lá na frente. Nós vamos sair amigos de todo mundo. E nós não vamos ser presos. Pronto. E nós vamos salvar a empresa”, disse.

Confira a transcrição de um trecho do áudio:

Joesley: Você já imaginou se nós chama o Marcelo, assim Marcelo…. vc vai passar pelo… nós damo um papel pro Marcelo (…) a eu, Ricardo, (…) hã? Não, não é (…) … não, nós tinha que dar o …. o Marcelo… o o de advogado… ó você vai ser o advogado que vai arrumar as notas… arrumar o esquema das notas tal… (…) tem nota… ó nós vamo trazer aqui ó… o Marcelo que trabalha conosco… trabalha há muitos anos… meu amigo de infância… é da…

Saud: (…) Goiás

Joesley: é… (…) infância lá de Goiás… seguinte ó

Saud: vamos fazer homenagem pro coiso, como é que ele chama… (parte inaudível) amigo nosso lá

Joesley: é isso, Romaninho. Isso … é o Romano … amigo de infância de (…) estudou comigo em Brasília e tal… ele é advogado… seguinte, queria dizer negócio de… ele infartava

Saud: (…) ué ele voa no cara.. (parte inaudível) .. ele sai ali (parte inaudível)

(…)

Joesley: O Renan, Ze Eduardo … ele ficou enlouquecido com Ze Eduardo

Saud: Ele acha que o Ze Eduardo é o melhor caminho pra chegar no Supremo

Joesley: Ele te falou isso? Que que ele te falou?

(…)

Saud: Não… como… nós chegamos lá, começamos conversar… o Joesley foi falando com ele… perguntamo as coisas, que que tinha feito… ele falou da lei e tal… (parte inaudível) Você não tinha me falado da lei (parte inaudível) entendeu na hora da lei, falou que outubro foi aprovado uma lei assim assim negócio de narcotráfico ai… eu não sabia, mudaram a lei lá passou pra outra coisa…. ele (parte inaudível) lembrei que (parte inaudível) que em abril começou a Lava Jato… "ah ele falou dessa lei", mas essa lei (parte inaudível) filho da puta do Godoy… mas essa lei é narcotráfico, não é nada com Joesley não… falei ah eu não sei, ai Joesley tentou me explicar lá, eu não sei, eu vou ler depois, ah ai.. ai nós falamos… eu falei ó, inclusive lá nós conversamos, porra veio…. cara falou que tem cinco… cinco ministros do Supremo na mão dele… Inclusive muitos conversado e outros, não é só palavreado não, escrito tal… ele falou "cinco ele não tem não… ele tem… ah só se eles, só se eles contam Lewandowski até hoje"… ele falou, falei ah dai eu não sei, não deu nome não… Mas se contar Lewandowski pode ser sim… (parte inaudível) falou assim lá pra mim "mas ele tinha essa intimidade com a Dilma?"… "intimidade? eu vou te contar, eu achei que os três tavam fazendo suruba" … porque ele falou da Carmen Lúcia, (parte inaudível) da Carmen Lúcia que vai lá falar do (parte inaudível) com a Dilma e tal, os três juntos, tal tal tal…. "ah então ele tem mesmo essa intimidade?"… (parte inaudível) os cara… falei não é mentira não.. foi tô falando (parte inaudível) contei pra ele, falamos do escritório, falamos da conta…

Joesley: Que escritório? Que escritório?

Saud: do Marco Aurélio.. (parte inaudível) falou do dinheiro?… não.. "não né Ricardo"… (parte inaudível) … "mas e ai, que que a Dilma falou?" … (parte inaudível) não, não (parte inaudível) nada disso.. ai se viu a Carmen Lúcia lá e tal… a última indicação e tal… ai eu contei pra ele, falei (parte inaudível)… ai mudou o assunto … "falando sério? tá se falando disso?" … suruba dos três e tal… "não, isso eu quero ouvir"… ai (parte inaudível) o trem … nós falando de putaria … "esse cara é louco…"

Joesley: ai cê mostrou a fita?

Saud: não… (parte inaudível) fomo mostrando (parte inaudível)…

Joesley: isso

Saud: ai ele falou "isso dá cadeia… eles prendem Ze Eduardo amanhã… eles prendem amanhã… melhor não… melhor não…"…. (parte inaudível) eles prendem amanhã…

Joesley: eles o Supremo…

Saud: é (parte inaudível) … ai … deixa eu ver de novo… "ai ocê também… (parte inaudível) suruba ai… se não fala isso mais não… vou te orientar ocê não fala isso mais nunca… cê falar que a Presidente da República, Presidente do Supremo ele tá fazendo .. vc tem noção do que vc falou?" … ele me deu uma dura tão grande… "vc tem noção do que vc falou? Presidente do Brasil, Presidente do Supremo e Ministro da Justiça fazendo suruba… (parte inaudível) bota lá, (parte inaudível) esse ai nós temos que tirar… temo que usar (parte inaudível) Ze Eduardo, (parte inaudível) pressionar o Ze Eduardo pra ele contar quem é o cara do Supremo…" ah meu Deus, depois disso tal… ficamo conversando… (parte inaudível) Joesley faz o que quiser aquele trem (parte inaudível) "então vamos esquecer aquele trem da briga do do Gilmar… e vamo nesses três Ministro do Supremo"…

Joesley: como… esquecer a briga?

Saud: o trem do Gilmar que virou briga lá entre ele e a… (parte inaudível) vamo esquecer isso e vamo pegar os três… eu falei (parte inaudível) Marcelo ocê é inteligente demais, vc tá largando um amigo quer três… "não, mas não é isso"… agora, ele (parte inaudível), ele tá ficando meu amigo e tal achando (parte inaudível) … quando ele mandou eu digitar tudo lá pra ele (parte inaudível) trem e tal pá pá pá… (parte inaudível) pode escrever o que você quiser ai, que eu conserto depois … eu tô metendo o cacete… escrevendo o que eu to pensando (parte inaudível)… eles são esperto… uma (parte inaudível).

Joesley: isso… é .. ele faz assim.. (parte inaudível risada) … (parte inaudível) Ze

Saud: (parte inaudível) vc vai ver, ele vai pra cima docê na hora… vamos escutar terça feira (parte inaudível) … ele vai pra cima docê na hora… na hora (parte inaudível)

Saud: vc me deve um bônus do caralho…eu tava fechando um (inaudível) com Marcelo meu chefe".

(…)

Saud: Ele (?) tava fazendo a soma sabendo que vc deu dinheiro para o PT" "Ele (?) escreveu lá 15 para o PRB".

Ricardo Saud comenta que disseram que ele "ficava puto" de dar dinheiro para políticos "pq não sabia de nada" "nós fizemos uma conta lá de deu 170".

Saud: Marcelo tá me doutrinando tanto.. (trechos inaudíveis) q com a consciência mais tranquila".

Joesley: Eles (MPF?) vão dissolver o Supremo…eu vou entregar o Executivo e você vai entregar o Zé, o Zé vai entregar um….(não fala)…vou ligar e chamar ele e falar…o Zé seguinte vc precisa trabalhar com a gente, nós precisamos organizar o Supremo, a única chance que a gente tem de sobreviver…vc tem quem? como é cada um? qual a influência que vc nesse? Como é que a gente grampeia? o Zé vai entregar tudo…a gente vai falar de 2 só, nós só vai entregar o Judiciário e o executivo, a Odebrecht moeu o legislativo, nós vamos moer…

Saud: Vai deixar pra cumprir depois" (parece falar sobre as condições impostas pelo acordo de colaboração)

Joesley: Não, tem que se um tchau e não voltar aqui mais nunca…não tem negócio de vir depois…nós vamos fazer um serviço tão bem feito que não vai precisar chamar nóis…tá tudo gravado ai"

Ricardo: "Essa parte o Marcelo tá….(inaudível)…

Joesley: Vamos ver, vamos devagar".

Saud: A não ser que o Zé entregue o Supremo inteiro".

Joesley: O Zé vai entregar… B é isso, o C é isso…por onde a gente chega, bota tudo na conta do Zé…nós só vamos precisar falar de duas coisas"

Joesley: Por isso que eu quero nós dois 100% alinhado com o Marcelo…nós dois temos que operar o Marcelo direitinho pra chegar no Janot…eu acho…é o que eu falei com a Fernanda…nós nunca podemos ser o primeiro, nós temos que ser o último, nós temos que ser a tampa do caixão…Fernanda, nós nunca vamos ser quem vai dar o primeiro tiro, nós vamos o último…vai ser que vai bater o prego da tampa".

Saud: Ela tá entendendo?

Joesley: Nós fomos intensos pra fazer, temos que intensos pra terminar".

(…)

Joesley: Eu acho que eu sei o que o Ministério Público tá fazendo, eu acho que eu sei o que o Anselmo tá fazendo. Ai o Anselmo faz as peripécias dele tudo, eu olho para ele e falo assim. Chefe, é o seguinte, eu to entendendo. Engraçado… Eu não to conseguindo me fazer entender.

Saud: Então, tá.

Joesley: É o seguinte: nós não vamos ser presos. Ponto.

Saud: Tá…(ininteligível)

(…)

Joesley: Mas é necessário isso. Isso é bom. Isso faz parte… Construir a história… Mas não vai ser… É o subliminar… Eu posso estar totalmente enganado. E eu acho que eles podem não estar fazendo isso orquestradamente. Agora, eu acho que eles tao fazendo isso achando que nós não estamos entendendo, mas eu to entendendo. Quem não está entendendo, tem pânico. Eu to entendendo. Não tem pânico não. O Wesley não entende isso. Ninguém entende isso. Eu, Joesley, posso estar completamente num Lalaland, eu não.. Eu to vendo tudo e to em paz. Eu to achando que ta tudo certinho. Que é a reação…

Saud : (ininteligível)

Joesley: Mas não é isso que eu to falando. Eu não to falando disso. Eu nao consigo me fazer entender. Seria a reação natural… Pensa você no lugar do Janot. Senta na cadeira do Janot.

Joesley: O Janot sabe tudo. A turma já falou pro Janot.

Saud : Você acha que o Marcelo já falou pro Janot?

Joesley: Não. Não é o Marcelo. O…

Saud: Anselmo.

Joesley: Anselmo e o Anselmo falou pro Pellela, falou pro nao sei o que lá, que falou pro Janot. O Janot tá sabendo… Aí o Janot, espertão, que que o Janot falou? Bota pra fuder, bota pra fuder. Poe pressão neles, para eles entregarem tudo, mas não mexe com eles. Não vamo fude, dá pânico neles, mas nao mexe com eles.

Saud: Se está combinado, por que não está combinado com a gente?

Joesley: Porque não pode ser combinado… Não pode ser combinado… Você não pode entender isso… Eu entendo. Eu não devia estar entendendo. Ninguém tá entendendo… Por isso que eu to dizendo… Eu tenho a pretensão, que eu posso estar completamente errado. Eu tenho a pretensão de achar que eu to entendendo. Eu acho que eu entendo o que as pessoas acham. Em condição normal de pressão e temperatura, eles estão fazendo o que é previsível deles fazerem. Pensa você no lugar deles. Eles são espertão. O que você fariam? Toca pressão nesse povo! Mas não mexe com eles… Eu to falando assim…

(…)

Joesley: Eu tenho a pretensão de achar que eu sei o que as pessoas estão falando, e o que as pessoas estão pensando. Eu reajo muito mais pelo que eu acho que você está pensando do que o que você ta falando.

Saud: Ta certo. Deixa eu falar uma coisa… O Marcelo deu uma (ininteligível) para nós… É isso? Ele falou pro Janot que nós temos muito mais para entregar?(ininteligível)

Joesley:Vamo lá. Vamo dar um passo atrás. Na minha cabeça. O Marcelo é do MPF. Ponto. O Marcelo tem linha direta com o Janot. Quando eu falo o Janot, é Janot, Pellela… Tudo a mesma coisa.

Saud: Eu não te falei? Olha a mensagem?

Joesley: Janot, Pellela, qual o nome daquele outro? Que a…

Saud: Eu sei… Janot, Pellela…

Joesley: E o outro lá. Ricardo, nós somos jóia da coroa deles. O Marcelo já descobriu e já falou com o Janot: Ô Janot, nós temos o pessoal que vai dar todas as provas que nós precisamos e ele ja entendeu isso. A Fernanda surtou por que? Porque a Fernanda entendeu que nós somos muito mais e nós podemos muito mais… Aí até a Fernanda perdeu o controle. Aí até a Fernanda falou, calma. Supremo, não. Calma. Vai fuder meus amigos, vai… Só para, Ricardinho, eu não vou conseguir te explicar… Ricardinho, confia nimim. É o seguinte, vamo conversando tudo. Nós vamos tocar esse negócio. Nós vamos sair lá na frente. Nós vamos sair amigos de todo mundo. E nós não vamos ser presos. Pronto. E nós vamos salvar a empresa.

(…)

Saud: Se nós tivéssemos feito delação lá atrás… Nós tínhamos delatado os fiscais (ininteligível) o Eduardo Cunha, aceito delação do Eduardo Cunha… O Marcelo falou que ele ta forçando que ele quer fazer.

Joesley: Ele não. O Lúcio.

Saud: Eduardo Cunha. O Marcelo me contou que eles estão pressionando (ininteligível) vai fazer. Sai o Lucio, sai do Eduardo…(ininteligível) não sei o que a gente ganha, porque o desgaste se nós vamos fazer de todo jeito…

Joesley: É que não depende só da gente.

Saud: Ô Joesley, depende de quem? Depende o caralho.Você consegue a hora que você quiser falar com o Janot. Tá certo que o Marcelo não consegue amanhã falar com o Janot (ininteligível) Que hora que ce falou isso pro Marcelo? Que horas que você falou pro Marcelo que você quer falar com o Janot?

Joesley : (ininteligível)

Saud: (…) Você não falou para ele. (ininteligível) Você ta mentindo. Falou para a Fernanda. Você nunca falou para ele… (ininteligível) Você já falou isso para ele? Ô Marcelo, vem cá, vamos levar nós dois lá para falar com o Janot. Fala isso para ele terça feira para você ver.

(…)

Saud: Sem mostrar essa nova que você fez com o Rodrigo, ele já tinha te levado você para o Janot. Só o Zé Eduardo… Porque a primeira que você tinha do (ininteligível) com o Rodrigo… (ininteligível) Não quer saber se Francisco, de ninguém. Eles não conversaram nada comigo. (ininteligível) Sabe? Ele se enquadrou. (ininteligível) Disse que faz parte. Eu acho que o caminho para chegar até o Janot não é ele.

Joesley: É ele.

Saud: Mas você passa tudo pro Janot?

Joesley: Como é?

Saud: Eu falei: você passa tudo pro Janot, né? Do que está acontecendo aqui.. Ele disse: Não, não. Não vou te mentir não. Não passou não. É um amigo meu comum. É um amigo meu comum.

Joesley: Um amigo?

Saud: Meu comum. Comum do Janot. Eu falei, você passa tudo pro Janot? Ele falou, não. É um amigo meu comum.

(…)

Saud: É um amigo comum, que é dono desse escritório que o Janot vai trabalhar depois junto com o Marcelo. Eu entendi agora. O Marcelo saiu antes. Tem um outro saindo, um tal de Christian. E o Janot não vai concorrer, ele vai sair, e vai vir advogar junto com ele e esse Christian nesse escritório. Então o escritório vai ser ele, esse christian, ele e o Janot.

Joesley: Caralho, mas então voce ta me confirmando que tudo que nós estamos falando ele corre no banheiro e manda pro Janot. Ou para alguém que fala com o Janot.

Saud: Porque o Janot vai trabalhar com ele.

Joesley: Lógico.

Saud: Fala que vai voltar como Procurador da República é mentira. O Janot vai sair e vai para esse mesmo escritório que ele ta indo, o mesmo escritório (ininteligível). Ele, esse Christian…

(…)

Saud: Tudo que não precisar tocar no tipo de assunto… A gente preserva todos os nossos… como chama… consumidores… nosso mercado… nós preservamos todos os supermercados… compradores. Todos os nossos compradores. E a gente salva uns quatro ou cinco amigos. Andrea, Durval… Porque de outro jeito, não tem jeito de contar a história sem os caras… Eu acho que pelos mais fortes… (ininteligível) A questão é ter que jogar esses amigos tudo no fogo. Os governador, coitadinhos… Beto Richa… Pegou tudo em dinheiro no (ininteligível)… Foi eu aquele (ininteligível) entregar pro Beto… Beto Richa… Colombo… Fomos eu e o… entregar para o…

Joesley: Gavazoni.

Saud: Gavazoni. (ininteligível) Eu fui lá umas quatro vezes e o Florisvaldo umas três. Até me chamou atenção… Quem não sabe que o Guanabara ajudava vocês… (ininteligível)