No dia das malas de dinheiro, Janot faz diversionismo, afirma Dilma

Em nota divulgada nesta quarta-feira (6), intitulada "Desvio do foco para encobrir a verdade", a presidenta eleita Dilma Rousseff voltou a rechaçar a denúncia apresentada por Rodrigo Janot, Procurador-Geral da República, que acusou os governos dela e do ex-presidente Lula, além de outras lideranças do PT, de serem uma "organização criminosa".

Dilma Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Foto: Guilherme Santos/Sul21

Segundo ela, a denúncia proposta pela PGR "deve ter sido reunido às pressas e baseado, exclusivamente, em depoimentos de delatores premiados".

"A denúncia se apoia em mentiras fabricadas, algumas bastante antigas, que parecem ter sido recuperadas e trazidas de novo à baila apenas para desviar a atenção das gravações divulgadas. Nelas, os próprios delatores declaram que para obter o prêmio da integral impunidade ou da redução da pena dizem aquilo que acreditam ser o que os procuradores querem ouvir", afirma a presidenta.

Dilma reforça que "não há comprovação resultante de qualquer investigação feita", apenas ilações, deduções e insinuações tratadas como verdade. Ele enfatiza que Janot apresenta a denúncia justamente na semana em que o país toma conhecimento da "deterioração ética e moral que cerca o mercado da corrupção".

"No dia em que a polícia encontra uma dúzia de malas cheias de dinheiro roubado por elemento central na articulação do presidente golpista; o procurador lança mão do diversionismo e encontra respaldo em parte da imprensa brasileira que se transformou em uma fração politica, perdendo inteiramente a isenção", frisou.

E conclui: "A justiça e a verdade sempre se impõem. O STF, certamente, fará justiça diante da absoluta falta de provas que atestem qualquer dos ilícitos denunciados pelo PGR".