Congresso comerciário reforça defesa dos direitos e sindicalização

O 26º Congresso Sindical Comerciário aprovou uma série de ações, visando o enfrentamento das maldades da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), que entra em vigor dia 11 de novembro. O evento também apontou diretrizes pela a retomada do crescimento econômico, como incentivos ao comércio, serviços e à indústria; redução da taxa de juros; renovação da frota de veículos; e retomada de obras paradas, entre outras medidas.

29º Congresso Sindical dos Comerciários - Reprodução do portal da Agencia Sindical

Com o tema “Sindicalismo pós-reforma trabalhista – reagir, resistir e reorganizar”, o Congresso realizado na quinta (28) e sexta (29), no Centro de lazer da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, em Praia Grande, também debateu estratégias para o fortalecimento do sindicalismo comerciário.

“O momento impõe a superação de eventuais divergências ideológicas que existem no próprio movimento sindical brasileiro. A hora, mais do que nunca, é de união e de convergência”, afirma o presidente da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta. Segundo o dirigente, a sindicalização passou a ser uma “palavra de ordem” a ser seguida em todas as entidades de classe.

Motta enfatiza: “A luta da Federação é por melhores condições de trabalho para todos os comerciários de São Paulo, por ganho real de aumento de salário nesse ano”.

Debates

As atividades envolveram palestras com especialistas em temas relacionados ao mundo do trabalho, como o economista Antonio Corrêa de Lacerda, a consultora sindical Zilmara Alencar, os jornalistas Audálio Dantas e Irineu Toleto, o sindicalista Lourival Figueiredo Melo, o advogado trabalhista Hermano Moura e o deputado federal Arnaldo Faria de Sá.

A consultora Zilmara Alencar, advogada do corpo técnico do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), alertou para tentativa de retirada de direitos já conquistados.

“As empresas alegam que precisam de segurança jurídica, por isso a reforma trabalhista é importante. Precisamos reagir para que não seja assim. Não pode haver segurança jurídica para as empresas retirando direitos dos trabalhadores”, disse.