Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional é lançada no Ceará

A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional foi lançada em audiência pública realizada na última sexta-feira (10), no auditório Murilo Aguiar da Assembleia Legislativa.

Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional é lançada no Ceará

O presidente da AL, deputado Zezinho Albuquerquer (PDT), afirmou ser uma satisfação para a Casa receber um debate sobre o futuro do Brasil. “Essa Frente pode contar com o Poder Legislativo e com pessoas que têm interesse de que o País se desenvolva com mais emprego, mais educação, mais saúde”, ressaltou.

O deputado Elmano de Freitas (PT), requerente do debate, defendeu a importância da Frente como uma mobilização para pensar o desenvolvimento do País com inclusão social, desenvolvimento econômico e defesa da soberania do País e do patrimônio construído pela população brasileira.

O ex-governador Ciro Gomes ressaltou a força da Frente Parlamentar para essa mobilização. Ao citar diversos ataques aos interesses do País e à população brasileira, ele indicou que “a verdadeira soberania e autonomia nacional só se afirma pela capacidade de mandar no nosso próprio destino”.

Ele afirmou ainda que o povo brasileiro está exausto diante da falta de exemplo e de coerência, mas avaliou que o País tem saídas possíveis. Segundo ele, essas alternativas não serão concretizadas com a soma de ideias e interesses fragmentários. “Precisamos de um projeto nacional”, disse ao defender um plano nacional de desenvolvimento para o País.

A Frente é presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) que, no lançamento, comentou o cenário nacional e internacional e afirmou que, no Brasil, um golpe parlamentar destituiu um governo democraticamente constituído e vem atacando os interesses do País.

Além disso, criticando o avanço do capital financeiro sobre o Estado e a consequente precarização do trabalhador, Requião criticou que “no Brasil hoje parece óbvio que não temos um Governo, temos uma quadrilha e um congresso de zumbis”.

Segundo ele, a Frente precisa debater a situação atual do Brasil e criar entendimentos sobre as saídas existentes para que isso se reflita no processo eleitoral de 2018. O senador citou ainda a mobilização para um referendo revogatório e a “reconstrução do Brasil sob o signo da fraternidade”.

O secretário-geral da Frente, deputado Patrus Ananias (PT-MG), disse que o um país soberano é aquele que cuida bem da sua gente e possibilita que todas as pessoas, sem exclusão, exerçam seus direitos e deveres da cidadania no dia a dia. “A soberania nacional está vinculada à soberania popular”, complementou.

O deputado alertou que o Brasil vive uma operação de desmonte de direitos sociais que afetam a classe trabalhadora, os assalariados e os microempreendedores para atender os interesses do capital internacional.

De acordo com o deputado federal Odorico Monteiro (PSB/CE), o espaço oferecido pela AL para que os deputados possam compartilhar os debates e agendas nacionais com repercussão estadual é muito importante. “Essa Frente é um espaço que estamos construindo, firmando, lançando em todos os estados para que possamos denunciar o descaso que está acontecendo com o País em nome da crise”, explicou.

O deputado federal Celso Pansera (PMDB-RJ) criticou os cortes e perdas na área da ciência, pesquisa e inovação no Brasil nos últimos anos. Segundo ele, é preciso que haja união e fortalecimento para construir um referendo revogatório dessas medidas em 2019.

Graça Costa, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ressaltou que a Frente é um instrumento oficial de debate e apresentação de propostas para “dizer não a tudo o que está acontecendo no País”. Segundo ela, a população quer “um processo eleitoral democrático em 2018". "Temos que chegar o momento de unificar toda essa energia, essas demandas”, defendeu.

Estiveram presentes ainda no lançamento da Frente o ex-governador Cid Gomes; os deputados José Sarto (PDT), Mirian Sobreira (PDT) e Tin Gomes (PHS); o senador José Pimentel (PT/CE); os deputados federais Leônidas Cristino (PDT/CE), André Figueiredo (PDT/CE), Chico Lopes (PCdoB) e José Airton Cirilo (PT/CE); e representantes de centrais sindicais e entidades da sociedade civil.