Centrais suspendem a greve e CTB mantém manifestações no dia 5

Centrais sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB – decidiram suspender a greve nacional que estava prevista para acontecer na próxima terça-feira (05), devido ao adiamento da votação da reforma da previdência. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manteve a mobilização por considerar “estratégico aprofundar a dificuldade do governo em arregimentar apoio para votar o projeto que acaba com o direito à aposentadoria do nosso povo”.

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Diante do adiamento da votação da reformada da previdência que aconteceria no dia 6 de dezembro, algumas centrais sindicais como CUT, Força Sindical, UGT, Nova Central e CSB suspenderam a greve que aconteceria na terça-feira (05).

Segundo essas centrais, “a pressão do movimento sindical foi fundamental para o cancelamento da votação da Reforma da Previdência. Por isso é importante nos manter mobilizados e em estado de alerta de greve. Intensificaremos também a luta por mudanças na Medida Provisória (MP) da Reforma Trabalhista, que está em análise no Congresso Nacional", diz a nota assinada por dirigentes da CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central e CSB.

Já a CTB continua em luta. Para a entidade, a luta contra a Reforma da Previdência é uma luta estratégica para o povo e a vigilância e resistência são fundamentais. Por isso, a CTB discorda da posição das outras centrais e mantém a greve para o dia 5 de dezembro, conforme organização prévia.

“Diante da posição adotada pela maioria das Centrais, da qual discordamos profundamente, e entendendo ser estratégico aprofundar a dificuldade do governo em arregimentar apoio para votar o projeto que acaba com o direito à aposentadoria do nosso povo, a CTB orienta sua base a permanecer em luta dia 5 de dezembro e realizar atos na porta das sedes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em todas as cidades do país”, informa nota divulgada pela CTB.
Ainda para a central, a hora é de mobilização para resistência contra o desmonte da Previdência e em defesa dos direitos.

“Resistir a todo custo está no DNA da CTB e seguiremos firmes em nossa luta pela classe trabalhadora e pelo futuro do nosso povo”, finaliza em texto.

Confira abaixo a nota completa divulgada pela CTB:


A luta contra a Reforma da Previdência é uma luta estratégica para o nosso povo, a vigilância e resistência são fundamentais e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) sabe da centralidade desta luta.

Nossa Central sempre defendeu e defenderá a unidade das centrais sindicais, por entender que a nossa luta segue comum objetivo: a defesa dos interesses da classe trabalhadora.

Diante da posição adotada pela maioria das Centrais, da qual discordamos profundamente, e entendendo ser estratégico aprofundar a dificuldade do governo em arregimentar apoio para votar o projeto que acaba com o direito à aposentadoria do nosso povo, a CTB orienta sua base a permanecer em luta DIA 5 DE NOVEMBRO e realizar ATOS na porta das sedes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em todas as cidades do país.

E mais, pela dinâmica dos estados, acreditamos que é possível ampliar esses atos com a participação de outras centrais sindicais, os movimentos sociais e a sociedade de forma geral, que está inconformada com a onda de ataques deste governo.

A CTB conclama à unidade e entende ser necessário uma reunião urgente das Centrais, confederações, federações e os Sindicatos das principais categorias para uma discussão sobre a construção da GREVE NACIONAL.

Entendemos que se o governo insistir em votar não nos restará outra alternativa que não seja parar o país.

Agora é a hora de mobilizar a sociedade para a resistência contra o desmonte da Previdência e em defesa dos direitos. Resistir a todo custo está no DNA da CTB e seguiremos firmes em nossa luta pela classe trabalhadora e pelo futuro do nosso povo.

Se botar pra votar, o Brasil vai parar!

01 de dezembro de 2017

Adilson Araújo
Presidente Nacional da CTB