Para revogar o aumento da passagem, MPL realiza ato na casa de Doria

O Movimento Passe Livre (MPL) marcou para esta quarta-feira (17) mais um ato contra o aumento da passagem de R$ 3,80 para R$ 4,00. A mobilização terá início às 16h, em frente a casa do prefeito de São Paulo, João Doria.

Ato MPL - MPL

Depois de reunir 10 mil pessoas no primeiro ato realizado na semana passada (11), agora o Movimento Passe Livre (MPL) fará um novo protesto para a revogação do reajuste da tarifa ocorrido no último dia 7 deste mês em consenso entre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria.

A concentração da manifestação terá início às 16h, desta quarta (17), em frente a casa de Doria – localizada na rua Itália, 414, no Jardim Europa, bairro nobre da cidade de São Paulo – com uma aula pública “Contra o Aumento”. A saída do ano deverá acontecer às 18h30.

Até o momento não há informações de qual será o trajeto do ato. Para confirmar presença no evento pelo Facebook CLIQUE AQUI.

Contexto

Enquanto o reajuste da tarifa foi de 5,26%, o salário mínimo se manteve quase estável, com um acréscimo de apenas 1,81%. A adição no valor da passagem acompanhou a inflação, o mesmo não aconteceu com o salário mínimo. Assim, o aumento deverá pesar ainda mais no bolso dos trabalhadores e dos estudantes que dependem diariamente do transporte público.

No estado de São Paulo, em 2017, 9,6 milhões de pessoas usam ônibus como forma de locomoção. Desse total, 56% pagam o valor integral, sendo os mais atingidos pelo reajuste.

Francisco Bueno, porta-voz do Passe Livre, disse em entrevista à Rede Brasil Atual que com o alto desemprego que o país enfrenta, o valor é abusivo para o trabalhador.

"Com o desemprego atual e a informalidade, muitos não têm vale-transporte. Ou seja, as pessoas não conseguem sair de casa para ir atrás de emprego. O aumento da tarifa foi de 5%, enquanto o salário mínimo só subiu 1%. Isso é um absurdo contra o paulistano", afirmou. Segundo ele, este é só o primeiro ato Passe Livre contra o preço do transporte público e mais atos serão realizados até o fim do mês. "Não sairemos das ruas enquanto aumento não for revogado."

Bueno lembrou que em 2017 Doria e Alckmin já aumentaram a tarifa de integração de ônibus, metrô e trens, em 14,8%. "Ano passado já prejudicaram 23 milhões de paulistanos com aquele aumento. Colocar o preço do ônibus e metrô em R$ 4 só prejudica as pessoas pobres de São Paulo, que o Doria não conhece." O aumento acumulado da integração (17,4%) é superior ao dobro da inflação.