Desemprego volta a subir e expõe fracasso de Temer

Mais uma demonstração da fragilidade do discurso do governo – que celebra uma suposta recuperação da economia -, o desemprego no Brasil voltou a subir no país. Após a entrada em vigor da reforma Trabalhista, que segundo Michel Temer contribuiria para a geração de postos de trabalho, no período de novembro-janeiro, a taxa de desemprego passou de 11,8% a 12,2%. O número de desempregados no período foi de 12,7 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta (28).

O resultado é pior que o esperado pelo mercado. A expectativa média de 20 analistas consultados pelo jornal Valor Econômico era de uma alta de dois décimos, a 12%, na comparação com o período outubro-dezembro, consequência do recuo habitual da atividade após as festas de fim de ano.

O resultado reforça o que dizem economistas e trabalhadores: o que gera empregos é uma economia pujante, não a precarização do mercado de trabalho. Os dados também podem afetar o tom otimista do governo pró-mercado de Michel Temer, que tentava compensar na economia o seu nível recorde de impopularidade, a poucos meses da eleição presidencial.

Na comparação como o mesmo período do ano anterior, ou seja, de novembro de 2016 a janeiro de 2017, a taxa de desemprego teve um pequeno recuo. Era de 12,6%, o que significa que houve uma redução de 0,4 ponto percentual.