Dilma: “Atentado contra Lula é inaceitável”

A presidenta eleita Dilma Rousseff manifestou preocupação com o atentado ocorrido na tarde desta terça-feira (27), contra um ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ela, o ato criminoso "é grave e ocorre num momento difícil para o Brasil".

Por Dayane Santos

Dilma e Lula caravana no sul - Ricardo Stuckert

"A tentativa de intimidar o presidente Lula e a Caravana Lula pelo Brasil, com tiros e agressões, é inaceitável. Não estamos mais nos anos 50 do século passado, ou na ditadura militar, quando a eliminação física de adversários políticos era uma constante no Brasil e na América Latina. Essa prática não pode ser tolerada", afirmou a presidenta.

Apesar da tentativa de amedrontar, Dilma reafirmou que "tais ataques não vão intimidar democratas e militantes políticos".

"O fascismo é intolerável e será denunciado por todos nós, que acreditamos na justiça social e na política como instrumento de transformação da realidade", enfatizou a presidenta eleita, destacando que "essa tentativa torpe de calar a todos os que se opõem ao arbítrio e ao Estado de Exceção no Brasil" será denunciada no Brasil e no mundo.

Direito constitucional

Em 2015, com a grandé mídia insuflando grupo da direita conservadora para alimentar o golpe com atos, a como presidenta Dilma defendeu o direito a livre manifestação de todos os cidadãos. Na época ele disse que a população deve ter o direito de criticar e de apoiar o governo sem consequências e sem repressão.

“É preciso ter liberdade de ir às ruas reivindicar direitos ou simplesmente protestar. No Brasil, nós temos de saber conviver com isso”, destacou. “Tenho reiterado, em várias circunstâncias, que preferimos o barulho das vozes na democracia ao silêncio oprimido das falas escondidas nas ditaduras”, salientou a presidenta.

Agora, os mesmos que insurgiram na época contra o seu legítimo mandato em nome do seu direito constitucional de manifestação, tentam impedir a caravana do ex-presidente.