Vanessa critica discurso de ódio e cobra ação das forças de segurança

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) expressou sua preocupação diante do atentado sofrido pela caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Parará e criticou a atuação da Polícia Rodoviária Federal diante de atos de violência.

Vanessa Grazziotin - Agência Senado

"Não apenas pessoas bloqueando estradas com caminhões, com maquinário e impedindo a passagem da caravana, mas muita gente com pedras na mão, atirando ovos contra o presidente e sua comitiva e contra os carros, atingindo os carros com barra de ferro. E o que mais me impressionou foi – e muitas imagens mostram isso – Polícia Rodoviária Federal passiva, apenas assistindo àquela escalada de violência, apenas assistindo", afirmou a senadora.

"Onde é que nós vamos parar? Nós precisamos debater ideias", reforçou.

Vanessa também repeliu o discurso de ódio proliferado por lideranças políticas da direita conservadora que incitam violência e "sobe nos palanques para dizer que trabalhador sem terra, movimentos organizados dos trabalhadores têm que ser recebidos à bala".

Para a senadora, é papel dos parlamentares buscarem entendimento e diálogo, e não incentivarem violência contra adversários políticos.

"Nós temos pensamentos diferentes, todos. Há uma parte da população que defende o ex-presidente Lula e uma parte que é contra o ex-presidente. Agora, essa parte que é contra não tem o direito de fazer o que está fazendo, e muito menos os senhores senadores ou as senhoras senadoras não têm o direito de subir na tribuna e aplaudir atitudes violentas como essa, porque aplaudir atitudes violenta é um incentivo ao crime, é um incentivo ainda maior à violência", salientou a senadora.

Um dos parlamentares que proliferam esse discurso de intolerância foi a também senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), que durante evento declarou: “Quero parabenizar Bagé, Santa Maria, Passo Fundo, São Borja. Botaram a correr aquele povo que foi lá levando um condenado se queixando da democracia. Atirar ovo, levantar o relho, mostra onde estão os gaúchos”.