Luta pelo SUS vai na contramão do que acontece no Brasil, diz Jandira

Representantes da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) participaram nesta quarta-feira (04) da 21ª Plenária Nacional de Conselhos de Saúde. O evento, organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), reuniu cerca de 800 conselheiros e conselheiras municipais e estaduais, além de representantes de diversas entidades e movimentos contra os retrocessos sociais.

Jandira Feghali e Ronald Ferreira dos Santos

Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB), o SUS e as práticas de solidariedade são opostos ao que está acontecendo na política nacional.

“Lutar pelo SUS é estar na contramão do que está acontecendo na política do Brasil. Não há democracia, nem solidariedade no que eles estão fazendo. Estamos perdendo direitos pelo individualismo”, criticou.

A deputada destacou ainda os crimes políticos como o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), no último mês, no Rio de Janeiro. “Temos tido mais ódio e mais intolerância, estamos com uma imensa dificuldade de gerar encontros. São dores, perdas, choros, assassinatos, execuções. Nesse momento não podemos mais suportar crimes políticos”, lamentou.

Já a deputada Zenaide criticou a Emenda Constitucional 95/2016, que congela investimentos em saúde e educação até 2036, gerando um prejuízo de R$ 400 bilhões. “Continuem morrendo por mais 20 anos. Foi isso que eles disseram indiretamente ao povo brasileiro. A EC 95/2016 é a maior barbárie. Desmontaram a CLT, estão matando o povo brasileiro, vendendo nosso pré-sal. Antes tínhamos 75% para a educação e 25% para a saúde. Hoje não é mais assim. É de uma frieza e crueldade sem tamanho”, disse.

O presidente do CNS, Ronald dos Santos, felicitou a plenária como um dia importante de mobilização e unificação de agendas entre os conselhos. Nesta quinta (05), os participantes farão a entrega das assinaturas do abaixo-assinado contra a EC 95/2016 no STF. A 21ª Plenária representa os cerca de cem mil conselheiros de saúde em todo o Brasil.