#LulaLivre: Resistência e espera marcam ato em Congonhas

Lula saiu da missa em homenagem a Dona Marisa Letícia, nesta manhã, abraçado e protegido pelo povo. Também é assim que os militantes que o aguardam no aeroporto de Congonhas neste sábado (7), em São Paulo, esperam recebê-lo.

Militância no aeroporto

Apesar do ex-presidente ter decidido seguir o pedido da Justiça e se entregar, o clima no aeroporto de Congonhas é de resistência e de espera.

Não demora muito para que se ouça alguém falando que no governo de Lula o país mudou ou que os direitos sociais foram alcançados por causa dele. Frases de carinho e resistência se misturam pelo espaço, em frente ao portão de Embarque de Autoridades. Que, claro, está lotado.

Ao observar a movimentação, idosos e crianças, com os seus pais, aguardam o ex-presidente. Se os pequenos ainda não têm noção do que significa estar presente no ato deste sábado, com certeza no futuro o saberão.

Um pouco mais velhos e já militantes, os movimentos estudantis – que ganharam espaço nas universidade por conta da democratização conquistada ao longo do governo Lula – entoam frases de resistência como: “Não tem arrego, o Lula é o povo brasileiro”; “Lula, amigo, o povo está contigo” e “Lula não se vende”.

Ao longo do ato, também é comum escutar que a noite foi longa durante a resistência na vigília que acontece desde quinta-feira (05) no Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo (SP), mas que, para além do cansaço, há a luta.

E se tem algo que o ex-presidente tem mostrado para o país é de que ele não está sozinho na luta pela democracia.

Lula já mostrou que sua capacidade de mobilização continua e isso acontece desde os anos 80. Quando era metalúrgico e subia no palanque para falar, com apenas microfone na mão, e um estádio inteiro, tomado por trabalhadores, parava para ouvi-lo.

No início da tarde deste sábado aconteceu o mesmo. Todos pararam para ouvir novamente seu discurso no Sindicato.

Lula não pode estar em todos os lugares e pode ser que ele fique distante dos palanques por um tempo, mas isso não irá frear o povo. Como o ex-presidente disse mais cedo neste sábado em seu discurso, ele é uma ideia. E ideias, não podem ser presas.

O Sindicato dos metalúrgicos, o aeroporto de Congonhas e a Polícia Federal em Curitiba estão ocupados e não só por pessoas, mas por ideias que resistem ao tempo e a esses períodos nebulosos.