Manuela D’Ávila é agredida por simpatizante de Bolsonaro

A pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, cobrou nesta segunda-feira (9) que a Polícia Federal identifique a pessoa que a hostilizou nesta manhã em frente à sede da PF onde está preso o presidente Lula em Curitiba. Após ter abraçado a deputada e gritado “Aqui é Bolsonaro, Chupa”, o militante que saiu de dentro do prédio da PF voltou para o prédio acompanhado de dois brigadistas, como são chamados policiais militares no Sul.   

Por Railídia Carvalho

Manuela e agressor - Foto: Reprodução

Manuela disse que está acostumada à exibição dos militantes pró-Bolsonaro e muitos ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL) mas se preocupa com o fato de que esse militante seja agente da PF. “O nosso problema é que ele saiu da sede da Polícia Federal e depois voltou para a sede da Polícia Federal com dois brigadianos. Eu quero identificar quem ele é. Eu posso pensar que é alguém da Polícia Federal. O interesse maior é da PF em identificar que ele não é um agente”, explicou Manuela.

A pré-candidata afirmou ainda que a preocupação é com a segurança do ex-presidente Lula. “Porque nós já estamos temerosos. Ontem vazaram aqueles áudios da torre de controle recomendando que atirassem o presidente Lula do avião como faziam os militares argentinos e brasileiros com os corpos. Aí vem um cara de dentro da PF, desfila e volta escoltado”, questionou Manuela.

Além de Manuela, o senador Lindberg Farias e o deputado federal Paulo Pimenta exigiram o reconhecimento do ativista pró-Bolsonaro. “Não podemos aceitar que estejam dando dado um tratamento rigoroso, violento para as pessoas que estão aqui para apoiar o presidente Lula e que qualquer pessoa possa sair de dentro da sede da Polícia Federal vir aqui hostilizar a deputada Manuela e qualquer um de nós e retornar para a sede acompanhada pelos policiais militares. Nós exigimos que essa pessoa seja identificada, saber se ele é um policial federal, um policial civil um policial militar à paisana”, enfatizou o deputado.

Na conversa entre os parlamentares e inicialmente o tenente identificado como Nascimento não foi permitido o acesso à sede da Policia Federal. Manuela insistiu em ir fazer o reconhecimento mas não foi permitido. "Eu quero saber porque ele tá lá dentro e eu não posso entrar. É também obrigadação da imprensa apurar. Ele veio sozinho provocar ele tinha certeza que voltaria para dentro", finalizou Manuela.

Confira o vídeo em que Manuela relata a provocação