Alckmin diz: Ação do MP contra Lula é justiça, contra ele é açodamento

O agora pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, disse ao comentar a prisão antes do trânsito em julgado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que "ninguém está acima da lei" e que o momento "é muito triste", mas que a justiça precisa ser feita.

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"Na vida pública, todos têm o dever de prestar contas", declarou ele na última segunda-feira (9). Alckmin entregou o cargo a seu vice, Marcio França (PSB), na semana passada.

Nesta quarta (11), pelas redes sociais, o ex-governador tucano criticou o que chamou de "o açodamento" com que o Ministério Público Federal pediu o envio, à primeira instância, do inquérito em que ele é citado por delatores da Odebrecht.

Ou seja, na lógica de Alckmin, o MP age corretamente contra seus adversários quando atropela a Constituição. Mas quando se trata de seu caso é "açodamento".

"A defesa de Geraldo Alckmin se surpreendeu com a notícia do açodamento de setores do Ministério Público Federal, já que o processo está tramitando normalmente e será remetido, em termo oportuno, para instância competente", escreveu o presidenciável do PSDB em seu perfil no Twitter.

"Espera-se que a apuração dos fatos continue a ser feita de forma isenta e equilibrada, sem contaminação política, pois repele a ideia que o inquérito, enquanto tramitou no STJ e na PGR, tenha servido de 'blindagem' para o ex-Governador", continua a nota.

O MPF pediu ao vice-procurador da República, Luciano Mariz Maia, que remeta "o mais rápido possível" para São Paulo o inquérito em que é investigado por ser supostamente beneficiário de recursos não contabilizados para campanha eleitoral. O cunhado do tucano, Adhemar Cesar Ribeiro, também é alvo da investigação.