Trensalão: Seis ex-presidentes do Metrô de SP se tornam réus
Por decisão da Justiça de São Paulo, seis ex-presidentes do Metrô se tornaram réus em ação por improbidade administrativa pela compra de 26 trens por R$ 615 milhões que ficaram sem uso porque a linha 5-Lilás não estava pronta. O Metrô também terá que responder na Justiça.
Publicado 18/04/2018 11:37
Jorge Fagali, Sérgio Avelleda, Peter Walker, Luiz Antonio Pacheco, Clodoaldo Pelissioni (atual secretário de Transportes Metropolitanos) e Paulo Menezes de Figueiredo. além deles, Jurandir Fernandes, ex-secretário de Transportes Metropolitanos, Laércio Biazzotti e David Turubuk, que também ocuparam cargos executivos no governo tucano, também se tornaram réus.
Em 2010, o governo tucano decidiu suspender as obras da linha onde o trem seria usado após denúncias do esquema do trensalão que apontava irregularidades no processo de licitação.
Mesmo com as obras paradas, em 2011, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) comprou os trens. De acordo com a decisão do juiz Adriano Marcos Laroca, o teste definitivo do trem só poderia ser realizado na própria linha e, mesmo estando os trens parados sem uso em diversos locais, há mais ou menos quatro anos, além de outros desgastes do produto adquirido, e também o serviço de assistência técnica que pode ter sido afetado, exigindo nova contratação. A investigação apontou ainda que os trens novos têm bitolas diferentes, informação que o Metrô nega.
Prometida nas campanha de 2014, a Linha-5 Lilás liga o extremo sul de São Paulo a região central.