Centrais repudiam atentado e pedem respeito à democracia

Entidades do movimento sindical manifestaram repúdio ao atentado contra o acampamento Lula Livre ocorrido neste sábado (28). Em nota, o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Brasil (CTB), Adilson Araújo, classificou o ato como “covarde” e reafirmou a defesa da democracia.

Juruna e Adilson

Adílson repeliu o avanço brutal da violência que está no bojo da onda fascista que toma conta do país. “A covardia testemunhada em Curitiba não é um fator isolado, e ferem de morte nossa liberdade e a Constituição Federal. Atos como esse refletem o autoritarismo que cresce nos diferentes lugares do país e nos alerta sobre quais caminhos nossa luta deve seguir”.

Também por meio de nota, a Intersindical repeliu o ataque que classificou como “fascista” que “exige rápida e severa punição”. Assinada por Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical, a nota salienta ainda que os atiradores não são os únicos responsáveis, pois a “onda fascista” conta também com o apoio da mídia.

“Registramos, também, que os cachorros loucos atiradores não são os únicos responsáveis por essa onda de ódio e violência. A rigor, essa onda fascista é também resultado da ação inescrupulosa da mídia (Rede Globo à frente), de setores do judiciário, do capital financeiro e de todas as organizações que apoiaram o golpe de 2016 e a prisão de Lula”, diz um trecho da nota.

E completa: “O ataque a tiros acontece na véspera do 1º de Maio Unitário de Curitiba em defesa dos direitos, dos empregos, da democracia e por Lula Livre. Se os fascistas pensam em nos intimidar, enganam-se. Aqui está um povo sem medo de lutar! Derrotaremos os cachorro-loucos fascistas e toda a corriola golpista que prendem Lula para tentar impedir a participação do ex-presidente nas eleições de 2018. Independente das preferências eleitorais de cada um, não se pode calar diante de tamanha interferência na soberania popular. Não nos calarão. Abaixo os fascistas e os golpistas”.

A Força Sindical endossou o rechaço contra o atentado ocorrido no acampamento Marisa Letícia. “A violência e a covardia contra atos e manifestações democráticas ferem a Constituição e reforçam práticas autoritárias, antissociais e que, neste momento eleitoral, tumultuam o ambiente político e desestabilizam o país”, diz a nota assinada pelo presidente e deputado federal Paulo Pereira da Silva, e pelo secretário-geral João Carlos Gonçalves (Juruna).

“O direito à manifestação, o direito de pensar diferente, o debate público, a busca do entendimento, temos certeza, são fatores que ajudam a construir uma nação desenvolvida. Por isto, nos somamos a todos os brasileiros e brasileiras que dizem não a soluções à bala, ataques na escuridão e tocaias”, reafirma a central, frisando que “uma nação se constrói com democracia, debate de ideias, tolerância, busca do entendimento e respeito à Constituição” e destacando que “é fundamental neste momento fortalecer o estado de direito e a democracia”.