Nas cordas, Marun apela aos donos de postos: Conto com o "patriotismo"

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), conhecido por compor a tropa de choque do governo, disse nesta segunda-feira (28), em coletiva à imprensa, que conta com o "patriotismo" dos donos de postos para que o subsídio prometido pelo governo ao caminhoneiros no preço do diesel chegue efetivamente às bombas de combustível.

Carlos Marun, Padilha e Sérgio Etchegoyen - Antonio Cruz/Agência Brasil

O governo reduziu para R$ 0,46 por litro o preço do diesel para colocar fim à greve dos caminhoneiros, que entrou no oitavo dia nesta segunda e provoca desabastecimento em todo o país. No entanto, os caminhoneiros aparentemente não confiam na promessa do governo ilegítimo.

"Claro que também estamos contando um pouco com o bom senso e até o patriotismo desses donos de postos de abastecimento e das distribuidoras em relação a essa questão", afirmou o ministro, emendando em seguinda que o governo "exige" que o desconto chegue às bombas.

O discurso de Marun é para tentar convencer os caminhoneiros, que ainda mantém a mobilização, a voltar as suas atividades. Isso porque em duas ocasiões o governo disse que havia fechado acordo com os grevistas, mas o protesto continuou, aumentando o desgaste do governo.

Segundo Marun, "é óbvio que não estamos fazendo esse sacrifício para que A ou B se julgue no direito de auferir lucros indevidos em função de um desconto que estamos pagando e exigimos, exigimos, que chegue ao tanque do caminhão".

Disse ainda que será um crime de "lesa-pátria" se alguém "usurpar" o desconto para si.

O general Sérgio Etchegoyen, ministro da Segurança Institucional, também endossou o coro de Marun e disse que o governo vai usar "todo o poder de fiscalização que tem” para garantir nos postos de combustíveis que o diesel seja vendido com a queda de R$ 0,46 no preço do litro.

O ministro Eliseu Padilha, amenizou o tom de ameça e disse que o Procon vai fiscalizar o mercado. Segundo ele, Michel Temer pediu ao ministro Torquato Jardim (Justiça) que baixe uma norma pela qual o Procon acompanhe os preços praticados no mercado.