Marun sobre incêndio no museu: "Está aparecendo muita viúva"

O incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro, que destruiu praticamente todo o acervo histórico do país, provocando grande comoção nacional. Mas o ministro-chefe da secretaria de governo, Carlos Marun, em tom de deboche, criticou a comoção diante da tragédia que provoca danos irreparáveis ao país. Segundo ele, o incêndio foi apenas uma "fatalidade".

Carlos Marun - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

"Agora que aconteceu tem muita viúva chorando. Na televisão, por exemplo, eu não tenho visto ultimamente alguém destacando o museu e valorizando a história, para que ele se tornasse mais amado pela nossa população", disse ele em coletiva de imprensa.

"Está aparecendo muita viúva apaixonada, mas, na verdade, essas viúvas não amavam tanto assim o museu em referência", completou Marun, que disse que se pode fazer mais investimentos na área da cultura, sem que se tire de outras áreas, para respeitar a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Ele omitiu a medida aplicada pelo governo Temer da Emenda 95, do teto de gastos, que congela os investimentos públicos por 20 anos e ainda corta verbas de áreas essenciais, como saúde e educação. Marun ainda culpou os pagamento com aposentadoria, ao afirmar que a Previdência tem um déficit que compromete o orçamento.

"Não existe possibilidade de termos um orçamento eficiente enquanto tivermos uma responsabilidade fiscal e tivermos uma Previdência cujo deficit tira dos cofres públicos R$ 1 bilhão por dia", afirmou o ministro.