Haddad: 'Medidas de Temer colocam em risco a saúde social do Brasil'
"Medidas de Temer colocam em risco a saúde social do Brasil. Temos que olhar para o povo, para quem falta creche, remédio, gás a preço justo, renda para terminar o mês. Se não olharmos para esse trabalhador, vamos colher frutos ruins", disse o candidato à presidência do PT, Fernando Haddad, em debate realizado nesta quinta-feira (20) na TV Aparecida, no interior paulista – o evento foi promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Publicado 21/09/2018 10:19
Haddad criticou as medidas do presidente Michel Temer (MDB) e apontou a participação direta do PSDB no projeto emedebista.
Haddad voltou a falar sobre a entrevista do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que admitiu que seu partido errou ao prejudicar o governo Dilma Rousseff, eleita em 2014 e cassada em 2016. "Após a reeleição da Dilma, o presidente do PSDB já admitiu que seu partido começou a sabotar o país contra suas convicções. Vamos recuperar a confiança dos investidores e do povo mais pobre. Temos que rever as medidas aprovadas pelo Meirelles durante o governo Temer. Precisamos voltar a ser felizes. A exclusão social que gera desigualdade e baixo desempenho da economia. Povo com dinheiro, a economia cresce", completou.
O petista seguiu no foco do debate, questionado por um jornalista da Rádio Aparecida sobre problemas relacionados a imigrações no país. "Nossa tradição é de acolhimento para todos os povos que escolheram o Brasil para morar. Sou filho de imigrante libanês que encontrou no Brasil a oportunidade para formar seus filhos. Prezo o tema do acolhimento. Na cidade de São Paulo, que fui prefeito, vimos fluxos migratórios e recebemos todos mediante políticas públicas transformadas em lei. Sancionei a lei da migração na cidade de São Paulo em meio ao Fórum Social Mundial. Servimos de exemplo ao mundo de como acolher imigrantes", disse.
Haddad argumentou que o Brasil "tem que dar exemplo de paz contra a intolerância. Recrudescer a violência não nos levará a lugar nenhum. Plantar violência faz colher violência. Precisamos plantar paz, cuidar e acolher", completou.
Considerações finais
No quinto e último bloco, os candidatos responderam perguntas feitas por bispos e arcebispos da CNBB. Fernando Haddad falou sobre o tema da Campanha da Fraternidade de 2018, a violência. O candidato petista atribuiu a crescente violência no Brasil à forte desigualdade de oportunidades para os brasileiros. “Deus distribui talento democraticamente. Cabe aos homens distribuir as oportunidades democraticamente”.
Fernando Haddad relembrou o legado dos governos do ex-presidente Lula e pediu a confiança do eleitorado. “Nós podemos voltar a ser felizes de novo”.