Uma pesquisa indica o que levaria eleitores de Bolsonaro em 2018 a repetir o voto, ou não
Neoliberalismo, fascismo cultural e pandemia sem controle, em síntese trágica, devastam o país.
Parlamentares falam sobre como a família Bolsonaro pode ter sido beneficiada com a morte do ex-ministro, que como ele próprio já disse, só havia contado 3% do que sabia sobre a campanha eleitoral
Pela primeira vez, o WhatsApp admitiu que a eleição presidencial de 2018 teve uso de envios maciços de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas. A prática, ilegal, beneficiou campanhas como a de Jair Bolsonaro (PSL). “Houve a atuação de empresas fornecedoras de envios maciços de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir grande número de pessoas”, disse Ben Supple, gerente de Políticas Públicas e Eleições Globais do WhatsApp, em palestra no Festival Gabo.
Desde que a opinião pública brasileira descobriu a natureza das mensagens trocadas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol ficou claro que não houve nada parecido a eleições minimamente legítimas no ano de 2018. O que vimos foi simplesmente um processo sem condição alguma de preencher critérios básicos de legitimidade. Ou seja, uma farsa, mesmo para os padrões elásticos da democracia liberal.
Por Vladimir Safatle*
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar duas ações que pedem a cassação do presidente Jair Bolsonaro e de seu vice, Hamilton Mourão. Os processos – sobre abusos que desequilibraram a disputa de 2018, levando-os à eleição – devem ser incluídos na pauta assim que o Judiciário voltar do recesso, que dura todo o mês de julho.
A coligação O Brasil Feliz de Novo (PT-PCdoB-Pros), do ex-candidato a presidente, Fernando Haddad, apresentou uma petição ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pedindo para que o representante no Brasil do aplicativo de mensagens WhatsApp seja ouvido como testemunha.
A manifestação foi apresentada ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Jorge Mussi, na quinta-feira (10).
Os partidos políticos que não alcançaram a cláusula de barreira nas eleições de 2018 ficarão impossibilitados de receber recursos do Fundo Partidário a partir de 1° de fevereiro do ano que vem. O entendimento unânime foi firmado nesta quarta-feira (19) pelo Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao analisar petição protocolada pela Rede Sustentabilidade (REDE).
Salvo os analistas que apoiam Bolsonaro, os demais, de diferentes matizes políticos, convergem para o prognóstico de que o futuro governo Bolsonaro será uma ameaça real à democracia. As divergências se residem na ênfase desse risco e se as instituições da República e da sociedade terão força ou não para dissuadi-lo e contê-lo. Ocorre que autoridades de instituições da República apoiaram a campanha de Bolsonaro e de seu governo serão parte.
Por Adalberto Monteiro*
Evidentemente, a vitória da extrema-direita não se explica apenas pelo êxito de sua estratégia. É preciso também investigar quais insuficiências e erros da centro-esquerda concorreram para a sua derrota.
Por Adalberto Monteiro*
Como a extrema-direita, minoritária, inexpressiva, no âmbito da direita, assume a hegemonia desse campo? Como conseguiu deslocar a direita neoliberal tradicional capitaneada pelo PSDB, assumir o comando do processo político e conquistar o governo da República?
Por Adalberto Monteiro*
O crescimento da extrema-direita, retratado em desempenho eleitoral, número de cadeiras nos parlamentos, conquista de governos de países, apoio e engajamento de base social, inclusive de contingentes da classe trabalhadora, é um fenômeno mundial que passa a ocorrer desde 2007-2008, no início da grande crise mundial do capitalismo.
Por Adalberto Monteiro*