Haddad: Democracia está sob ataque, e imprensa, sob censura

Em ato em Curitiba, o candidato à Presidência da República Fernando Haddad, afirmou que, no dia 7 de outubro, o povo vai dar a resposta nas urnas à retirada de direitos sociais e trabalhistas, promovida por Michel Temer e pelo PSDB. “Eles diziam: ‘nós tiramos a Dilma, prendemos a Lula, e está tudo certo’, mas esqueceram de prender o povo”, disse ele.

fernando haddad em curitiba

Haddad defendeu que a democracia está sob ataque e a liberdade de imprensa, comprometida. “Sabe o que eles fizeram? Censuraram o jornal ‘Folha de S.Paulo’, que tinha autorização para entrevistar o presidente Lula. Quem deu o golpe em 64 foram eles. Quem deu o golpe em 2016 foram eles. Não satisfeitos, querem continuar perpetuando violência contra o povo brasileiro. E a liberdade de imprensa, que é sagrada, está comprometida”, disse. A referência é ao fato de o ministro Luiz Fux ter concedido liminar proibindo o jornal paulista de publicar entrevista com Lula, previamente autorizada por outro ministro do Supremo, Ricardo Lewandwski.

Para Haddad, Temer e o PSDB não têm compromisso com a democracia, porque eles não têm compromisso com o povo. “E a gente sabe que é a democracia que leva comida pra mesa do trabalhador, que leva os jovens à universidade, que leva posto de trabalho para chefes e chefas de família, essa chefe de família que eles acusam de produzir delinquentes, quando são eles que estão produzindo delinquentes ao desrespeitar a mulher. Mas eu tenho certeza que o Paraná vai dar uma resposta a isso tudo no dia 7″, discursou.

O presidenciável destacou a ligação do PSDB de seu adversário Geraldo Alckmin com o PMDB de Michel Temer. Ele lembrou que o presidente tem 90% de rejeição e que a sigla tucana teve quatro ministros nomeados por Temer. “Agora, se vocês acham que o governo Temer é ruim, vocês ainda não conhecem a proposta de Bolsonaro pra economia”, afirmou Haddad, sendo ovacionado pelo povo, que começou a gritar “ele não”.

O presidenciável cumprimentou a população de Curitiba pelo ato do #EleNão, no último sábado (29/09), um dos maiores do Brasil, com 50 mil pessoas. “Todos na rua pelo #EleNão. E por que ‘ele não’? Porque ele quer tirar o 13º do trabalhador. Por que ‘ele não’? Porque ele quer cobrar o mesmo imposto para o rico e para o pobre. O pobre, que hoje não paga imposto, vai pagar 20% na fonte. Isso se ele fosse eleito, mas não vai ser, porque nós não vamos deixar”, disse Haddad, lembrando que Bolsonaro não respeita mulheres, negros, a diversidade. “E o Brasil é composto por 52% de negros e por 52% de mulheres”, disse.