Manifestantes protestam em frente à antiga embaixada dos EUA em Teerã

Em celebração aos atos ocorridos há 39 anos, quando um grupo de estudantes ocupou a Embaixada dos Estados Unidos em Teerã, no Irã, houve um protesto neste domingo (4) em frente à antiga representação diplomática norte-americana. Milhares de manifestantes ocuparam o local em Teerã e gritavam palavras de ordem em que chamava a representação americana de “antro da espionagem”.

Protesto em frente antiga embaixada dos EUA no Irã - AFP

Protestos semelhantes ocorrem em mais cidades e vilarejos de todo país, segundo a emissora pública de televisão PressTV. As reações são motivadas pelo endurecimento das sanções impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cujo início está marcado para amanhã (5).

Há informações que Trump pretenda isolar o Irã, a partir do desligamento do país do sistema Swift, rede que reúne instituições financeiras no mundo todo, além da inclusão de mais de 700 pessoas e entidades à lista de alvos das sanções. O alvo das sanções é o petróleo iraniano, que representa 80% da receita do país.

Em 4 de novembro de 1979, um grupo de estudantes universitários assumiu a embaixada, denunciado que a representação havia se tornado um centro de espionagem, planejando derrubar a nascente República Islâmica. O protesto deteve 52 diplomatas americanos por 444 dias.

Na ocasião, o fundador da República Islâmica, Ruhollah Musavi Khomeini,, comemorou o ato, como "segunda revolução", depois que a Revolução Islâmica de 1979 derrubou o Xá Mohammad Reza Pahlav, aliado dos Estados Unidos.

O líder da Revolução Islâmica, Seyyed Ali Khamenei, disse neste sábado (3) que os EUA tentam nos últimos 40 anos recuperar a dominação que tinham sobre o Irã.

"Há um fato importante aqui, que neste desafio de 40 anos, o lado americano foi derrotado e o lado da República Islâmica foi vitorioso", disse ele, dirigindo-se a um grupo de estudantes em Teerã.