UnaLGBT: O racismo promove a desigualdade, impede o desenvolvimento
Em alusão ao Dia da Consciência Negra, a União Nacional de defesa da comunidade LGBT (UnaLGBT), publica nota em que destaca o racismo estrutural que desde o período colonial persiste no Brasil. A entidade defende a destinação de um "Dia" como reflexão da luta contra o racismo. Para a UnaLGBT, o racismo promove a desigualdade, impede o desenvolvimento da nação e deve ser uma preocupação e responsabilidade dos diferentes setores da sociedade.
Publicado 19/11/2018 14:49
No Brasil, a população negra é mais atingida pela violência, desemprego e falta de representatividade.
Dados que tratam da violência apontam que os negros são 70% dos mortos em homicídios. Esses têm entre 15 e 20 anos de idade. Segundo dados do IBGE, dos 13 milhões de desempregados no país, 8,3 milhões (64%) eram pretos ou pardos, 66% dos domésticos e 67% dos ambulantes, ou seja, o desemprego e exclusão atingem mais pretos e pardos. O percentual de trabalhadores com carteira assinada é maior entre brancos. Além disso, a falta de representatividade negra nas esferas de poder é visível. Sendo o segundo maior país do mundo com população negra (atrás apenas da Nigéria), o Brasil é um território que possui grande diversidade cultural, étnica e social. Porém, esta mesma diversidade não aparece em alguns lugares, como, por exemplo, na política.
A maior preocupação agora dos movimentos sociais do país é com a eleição de um presidente declaradamente racista e dessa forma, a total ausência de políticas públicas para tentar diminuir esse grande déficit com os negros.
Segue abaixo nota da entidade:
"O Brasil tem a segunda maior população negra do planeta, ficando atrás apenas da Nigéria, 54% da População brasileira se auto declara preta ou parda, porém apenas 1% das peças publicitárias tem pessoas negras, somente 12% dos estudantes na educação superior são negros, e 64% da população carcerária é de cor preta, e quando falamos de violência percebemos que as mulheres negras e os jovens negros morrem muito mais no nosso país, isso é resultado de um racismo estrutural que desde o período colonial que essa população é escolhida para ser explorada e ter seus direitos violados, assim foi sendo organizada uma sociedade onde a população negra era excluída, por isso o movimento negro lutou e segue lutando pelo Dia Nacional da Consciência Negra, para gritar bem alto que o racismo que promove a desigualdade não é de responsabilidade da população negra, o racismo impede o desenvolvimento da nação brasileira e deve ser uma preocupação e responsabilidade dos diferentes setores da sociedade, reparação já, ações afirmativas já, precisamos falar sobre os privilégios de ser branco nesse país e como devemos operar pata ampliar as oportunidades do povo negro. #20denovembro #Dianacionaldaconsciêncianegra #lutaantiracista #lutaeresistência #racismonão #UNALGBT.