Líder francês acusa justiça brasileira de promover lawfare contra Lula
O maior líder da esquerda francesa, Jean Luc Mélenchon, ex-candidato à presidência da República daquele país e líder do Movimento França Insubmissa, denunciou a prática de lawfare contra o ex-presidente Lula, preso político em Curitiba há 278 dias; Mélenchon diz que "em todos os países se utiliza agora o lawfare para se livrar de pessoas. É o que fizeram com Lula. O juiz que o condenou é agora ministro de Jair Bolsonaro"
Publicado 11/01/2019 09:17

O maior líder da esquerda francesa, Jean Luc Mélenchon, ex-candidato à presidência da República daquele país e líder do Movimento França Insubmissa, denunciou a prática de lawfare contra o ex-presidente Lula, preso político em Curitiba há 278 dias. Mélenchon diz que "em todos os países se utiliza agora o lawfare para se livrar de pessoas. É o que fizeram com Lula. O juiz que o condenou é agora ministro de Jair Bolsonaro".
O ex-presidente Lula comparilhou a fala de Mélechon em seu perfil no Twitter:
“Em todos os países se utiliza agora o lawfare para se livrar de pessoas. É o que fizeram com Lula. O juiz que o condenou é agora ministro de Jair Bolsonaro” – Jean Luc Mélenchon, líder do movimento França Insubmissa. https://t.co/sCtUaJhhOs
— Lula (@LulaOficial) 10 de janeiro de 2019
Entenda o que é lawfare:
O termo lawfare é uma contração gramatical das palavras “lei” (law) e “guerra” (warfare) em inglês, usada para descrever uma forma de guerra assimétrica. Uma “guerra jurídica” travada a partir do uso ilegítimo do direito interno ou internacional, com a intenção de prejudicar o oponente, e conseguir a vitória em um campo de batalha de relações políticas públicas, paralisando-os política e financeiramente, ou imobilizando-os judicialmente para que não possam perseguir seus objetivos nem apresentar suas candidaturas a cargos públicos.
Na América Latina, o lawfare se mostra agora com toda a intensidade. Sua planificação começou há anos, enquanto a esquerda na América Latina punha em marcha sistemas democráticos mais participativos e igualitários, apoiados majoritariamente. Enquanto isso ocorria, as forças neoliberais lideradas pelo establishment estadunidense desenhavam a nova estratégia de combate e desprestígio a esses movimentos políticos que colhiam sucesso para a esquerda.
O professor de Direito da Universidade do Porto, André Lamas leite, explicou em artigo publicado em meados de 2018, no jornal português Público, a perseguição que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofre da justiça brasileira. Clique aqui para ler.
Da redação, com Brasil 247 e Carta Maior