Preso há 300 dias, Lula recebe visita de irmão após enterro de Vavá

 Há 300 dias Lula se tornava refém de um estado de exceção. Preso político, condenado por "atos indeterminados", o ex-presidente assiste do isolamento a Constituição ser atropelada diariamente para mantê-lo ali. Nesta quinta-feira (31), Lula recebeu a visita de seu irmão Frei Chico, um dia após o enterro de seu outro irmão, Vavá, do qual Lula foi proibido de se despedir.

Frei Chico

O irmão de Lula, Frei Chico, visitou o ex-presidente na prisão um dia após ele ter sido impedido pela justiça de ir no enterro de Genival Inácio da Silva, seu irmão. Frei Chico disse que após milhares de pessoas terem tido direito de enterrar seus parentes próximos, Lula foi impedido. “O Lula é especial. Ele é um refém do poder judiciário, defendendo interesses escusos a nossa vontade, dos brasileiros. Devem estar defendendo interesses dos poderes econômicos que controlam esse país.”

Para Frei só vão cumprir a lei quando houver manifestações de rua. “Vamos acreditar na justiça. Mas não haverá mudanças concretas e o Lula não será solto sem mobilização popular. Não com violência, mobilização. E repúdio que estão fazendo.”

Frei relatou que Lula disse que “O dia que provarem meu crime, eu paro de falar.” A história que contaram para condenar Lula, sobre um apartamento do Guarujá, é um “achismo” onde falta um monte de explicações.

Frei explicou que Lula não ia se sujeitar a “o morto visitar o vivo”. Relatou a tristeza da família e lembrou que Vavá foi acusado de ser lobista, teve sua casa revirada, não acharam nada contra ele e nunca pediram desculpas. E que não é só a esquerda que tem que se preocupar com isso, mas todos os democratas do Brasil, que estão sujeitos a isso.

“É só dizer o que está acontecendo. A lei não está sendo aplicada corretamente para algumas pessoas.”

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