Eduardo Bolsonaro pode responder processo em vara criminal de Brasília

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso remeteu a uma das varas criminais de Brasília a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por supostas ameaças à jornalista Patrícia Lélis. 

Eduardo Bolsonaro , filho de Jair Bolsonaro deputado por São Paulo - Fábio Rodrigues Pozzebon/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso remeteu a uma das varas criminais de Brasília a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) por supostas ameaças à jornalista Patrícia Lélis.

Segundo o MPF, o parlamentar, por meio de mensagens no aplicativo Telegram, teria ameaçado a jornalista de lhe causar “mal injusto e grave”. Ao apresentar a denúncia, foi proposta transação penal, recusada pelo denunciado.

Após a manifestação de Eduardo Bolsonaro nos autos, o MPF se manifestou por meio de petição para requerer o declínio da competência para uma das varas criminais de Brasília, em razão da mudança da jurisprudência do STF sobre o alcance do foro por prerrogativa de função.

Decisão

Ao examinar o pedido, o ministro lembrou que, no julgamento da questão de ordem na Ação Penal (AP) 937, de sua relatoria, o STF decidiu que o foro por prerrogativa de função dos parlamentares se aplica apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e com ele relacionados.

E, em relação à denúncia contra o deputado federal, Barroso reconheceu, “para além de observar que o caso parece ser de simples solução”, que se trata de uma das hipóteses que o Tribunal excluiu de sua competência, uma vez que a imputação não se relaciona com as funções exercidas pelo parlamentar.

“Este o quadro, impõe-se o acolhimento do pedido formulado pela procuradora-geral da República”, concluiu.