Flávio Dino diz que mudança no BPC é quase genocídio dos mais pobres
Em entrevista ao Blog do Sakamoto, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz que ao menos dois itens da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma tributária não têm a mínima chance de serem aprovados no Congresso: as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria dos trabalhadores rurais.
Publicado 19/03/2019 17:20
“Socialmente seria quase genocídio dos mais pobres no Brasil, e economicamente, um desastre para muitas cidades brasileiras, uma vez que isso significa a subtração de renda, impactando o mercado interno”, disse.
Segundo ele, os governadores do Nordestes vão agir contra essas propostas. No caso do BPC, o governo Bolsonaro propôs que os idosos em condições de miserabilidade que recebem um salário mínimo passem a receber somente a partir de 70 anos. Dos 60 aos 69 anos, a proposta é que eles recebam R$ 400,00.
Sobre a aposentadoria dos trabalhadores rurais, governo quer a contribuição mínima anual de R$ 600,00 por família durante 20 anos, ao invés de apenas comprovar trabalho no campo por 15 anos.
O governador deu exemplo do seu estado onde 54,1% de seus habitantes vivem com menos de R$ 406,00 por mês, a média nacional é de 26,5%. “Com essa configuração, os 153 deputados federais e os 27 senadores do Nordeste, e acredito os do Norte, de modo geral, não aprovarão essa proposta”, disse.
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