Relator da PEC da Previdência fez crítica ao projeto anterior de Temer

No mesmo tom de Jair Bolsonaro, que, quando era deputado federal, criticou duramente a proposta de reforma da previdência apresentada pelo ex-presidente Michel Temer, o atual relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Marcelo Freitas (PSL-MG), disse na ocasião que não poderia concordar com uma reforma que é paga única e exclusivamente pelos trabalhadores. 

Marcelo Freitas - Reprodução da Internet

Um detalhe: a proposta que o deputado mineiro vai relatar é mais prejudicial aos trabalhadores do que a apresentada por Temer.

A pretexto de acabar com os privilégios, a proposta do governo Bolsonaro atinge 83,4% dos trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, além dos mais pobres que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadoria rural.

A atual proposta também penaliza os servidores públicos com aumento da alíquota de contribuição e o tempo de aposentadoria por idade.

Na Coluna do Dr. Marcelo Freitas, publicada em 16 de fevereiro de 2018, no Jornal Montes Claro, sob o título “A reforma da previdência e a vida de inocentes”, o atual deputado diz que o governo anterior “errou feio” ao eleger determinadas categorias funcionais para serem satanizadas.

“É o que se buscou fazer, por exemplo, com os funcionários públicos, apresentados em propagandas estatais, por grandes veículos de comunicação, como se fossem verdadeiros privilegiados”, disse o relator na ocasião.

O delegado da Polícia Federal escreveu ainda que na guerra a verdade é sempre a primeira vítima.

“O problema do suposto déficit da previdência social no Brasil, por exemplo, não está no envelhecimento da população, mas sim na ineficiência dos governantes que administram o sistema e no desvio das importâncias para outras finalidades, completamente alheias à seguridade social”, disse.

No tocante a admissibilidade do texto, a ser analisada pelo relator, muitos especialistas apontam que a proposta ao retira os direitos previdenciários da Constituição estaria ferindo cláusulas pétreas, o que é inconstitucional.

Leia a íntegra do artigo do deputado Marcelo Freitas.