Bolsonaro censura vídeo do Banco do Brasil com atores jovens e negros
Em mais um ato de censura, o presidente Jair Bolsonaro mandou retirar do ar uma campanha publicitária do Banco do Brasil estrelada por atores e atrizes negros e jovens tatuados usando anéis e cabelos compridos, segundo informa o jornalista Lauro Jardim, em seu blog de O Globo.
Publicado 25/04/2019 16:53

Bolsonaro está tomando, cada vez mais, gosto pela censura, prática que foi muito comum durante a ditadura militar instalada em 1964, período que ele sempre defendeu. Depois de impedir que os deputados da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania tivessem acesso às informações sobre os impactos da reforma da previdência que ele que impor ao trabalhadores brasileiros, ele agora determinou que fosse retirada do ar uma campanha do Banco do Brasil marcadamente dirigido à população jovem, um dos públicos que o banco, ainda público, busca atrair.
Segundo Lauro Jardim, a diversidade contida no vídeo da campanha incomodou Jair Bolsonaro que “se envolveu pessoalmente no caso e procurou Rubem Novaes, o presidente do banco, para se queixar da peça”. Além de retirar a peça do ar, o presidente do BB demitiu o diretor de Comunicação e Marketing, Delano Valentim. Novaes, ainda segundo Jaridm, admite que “Bolsonaro não gostou do resultado da campanha e encampa a posição do presidente, mas não especifica, porém, o que, exatamente, ele e o capitão reprovaram”. Segundo o dirigente do banco “o presidente Bolsonaro e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. A saída do diretor é uma decisão de consenso, inclusive com aceitação do próprio”.