Desemprego tecnológico ameaça o mundo do trabalho

OCDE faz previsão sombria para o futuro da empregabilidade.  

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Matéria da agência de notícias Euronews diz que 14% dos empregos têm elevado risco de automatização. Nos próximos 20 anos, diz o texto, o mundo do trabalho deverá mudar radicalmente, conforme o relatório Employment Outlook 2019 da OCDE, publicado no final de abril. A mesma fonte sublinha que o futuro do trabalho vai depender das políticas adotadas pelos países.

Com a rápida evolução das tecnologias, o desafio é garantir a adequação entre a formação dos trabalhadores e as necessidades do mercado. A taxa de desemprego da União Europeia ronda os 6,5%, uma das mais baixas dos últimos anos. Mesmo assim, na Europa há 16 milhões de pessoas sem trabalho, afirma a matéria.

A Euronews falou com a Comissária Europeia para o Emprego, os Assuntos Sociais, as Competências e a Mobilidade sobre os desafios do mundo laboral.
"Penso que um dos principais desafios prende-se com as competências das pessoas. Faltam competências digitais básicas a quase 70 milhões de pessoas na Europa, o que não está bem. Há muitas vagas que não são preenchidas. Temos de melhorar as competências das pessoas, melhorar a educação e a formação, para que sejam relevantes para o mercado de trabalho. Quando falo nestes temas, digo sempre que a empregabilidade não é uma palavra suja. Temos de ter em conta que as pessoas quando terminam os estudos, têm de ir para o mercado de trabalho e a transição deve fazer-se o melhor possível", explicou Marianne Thyssen.

"Temos de estar prontos como europeus a assumir a liderança e tentar não só exportar produtos e serviços mas também os nossos valores. Muitas pessoas de outras partes do mundo olham para a Europa devido à nossa qualidade de vida. Temos de garantir que as pessoas no futuro tenham uma boa qualidade de vida. Nos nossos acordos de comércio, sobre serviços, produtos e cadeias de valor global temos de garantir que há acordos sobre proteção ambiental, emprego, segurança social, condições de trabalho dignas, entre outras coisas", acrescentou a comissária europeia.