Greve Nacional da Educação dia 15 de maio ganha adesão de entidades

A Greve Nacional da Educação, convocada para o dia 15 de maio pelos trabalhadores em Educação – contra o desmonte da aposentadoria – terá um reforço ainda maior por parte da comunidade universitária, da rede pública e privada, de institutos federais, cursos técnicos profissionalizantes, além das e entidades estudantis, como a UNE e Ubes.

greve geral

O reforço na pauta de mobilização acontece após o anúncio de cortes orçamentários do governo Bolsonaro na rede federal de ensino, o que acarretará grande desmonte das instituições públicas, e com isso, grande queda da qualidade na Educação.

A Confederação Nacional de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), em nota, declarou sua “indignação e seu repúdio à decisão do MEC em cortar verbas destinadas às universidades”.

Em resposta ao novo ministro da Educação, que na semana passada justificou os cortes por causa das "balbúrdias" nas universidades, a Contee disse que o governo Bolsonoro é quem promove uma verdadeira baderna no Brasil. “Distúrbio é o que fazem Bolsonaro, Weintraub e cia. ao tomar medidas baseadas em perseguição ideológica e tentar eliminar o pensamento crítico. Caos é a tentativa do próprio Ministério da Educação de destruir a universidade pública”. E reiteram o “combate à criminalização do pensamento e da livre manifestação”.

Em comunicado, a União Nacional dos Estudantes (UNE) convoca as entidades estudantis universitárias para mobilizarem os estudantes universitários para uma grande paralização na próxima quarta-feira (15). “Basta de ataque a autonomia universitária, basta de ataque a liberdade de expressão, basta de perseguições e de ataques ao pensamento crítico e científico! Por mais investimentos e seriedade na gestão da educação!”, conclama a nota.

Desde as primeiras horas desta segunda-feira (6), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) organizam manifestações nas instituições federais de ensino de todo o país. Nas ruas, nas redes, com a palavra de ordem de "não aos cortes". E reforçam a mobilização para a próxima quarta-feira (15).

Em seu site, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que  representa professores do ensino superior e básico, técnico e tecnológico no país também mobilizam contra os cortes. Em comunicado, repudiam os cortes e as declarações feitas pelo ministro da Educação sobre as universidades e convocaram sua base a aderir à paralisação.

A Greve Nacional da Educação foi definida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), mas agora reforçada por outras entidades representativas da sociedade civil que se pronunciaram publicamente aderindo o movimento.

Antes da greve, as universidades públicas convocam assembleias nos campis para discutirem detalhes da paralisação geral.