Colunista que defendeu nazismo sofre advertência de Comissão de Ética
Sem alarde, a Comissão de Ética dos Jornalistas do Ceará puniu com “advertência escrita” o colunista social Lúcio Brasileiro. Em texto publicado no diário cearense O Povo em 14 de dezembro de 2018, Lúcio sugeriu que a chegada do ultradireitista Jair Bolsonaro à Presidência não era suficiente para “salvar” o Brasil do comunismo. Como alternativa, ele propôs a adoção do regime nazista no País.
Publicado 20/06/2019 21:15

“Não será uma eleição nem várias eleições que poderão salvar o País”, escreveu Lúcio Brasileiro, pseudônimo de Francisco Newton Quezado Cavalcante. A saída, segundo ele, seria “talvez implantação do nacional-socialismo [nazismo], que livrou a Alemanha do comunismo, nos anos 20 e 30”.
Em julgamento realizado em 2 de maio, a Comissão de Ética puniu o colunista “por maioria dos votos de seus membros presentes”. A advertência foi publicada no site do Sindicato dos Jornalistas do Ceará.
Além de desencadear uma onda de protestos dos leitores, a coluna incorreu no crime de “crime de divulgação do nazismo”, o que pode levar seu autor a até cinco anos de prisão. Lúcio Brasileiro violou também o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que proíbe os profissionais da imprensa de “concordar com a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, políticos, religiosos, raciais, de sexo e de orientação sexual”.
