Com salários congelados, professores iniciam greve no Paraná

Os professores da rede estadual do Paraná paralisaram suas atividades, nesta terça feira (25), contra o congelamento dos salários do funcionalismo público que já se prolonga por mais de três anos. A paralisação foi convocada para pressionar uma resposta do governador Ratinho Junior.

Por Hora do Povo

Professores Paraná

Mobilização em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, nesta terça-feira. Foto: Facebook APP-Sindicaro

A greve, convocada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES) por tempo indeterminado, já conta com a adesão de 80% das unidades escolares que paralisaram por completo ou parcialmente, de acordo com o sindicato da categoria, APP-Sindicato.

Há registros de adesão à greve também em escolas de Curitiba e nas cidades da região metropolitana, como Ponta Grossa, Tibagi, Cianorte, Londrina, Cascavel, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Santa Helena, Itaipulândia, Matelândia e Serranópolis do Iguaçu.

“Os educadores estão sofrendo na pele os efeitos de quatro anos de congelamento dos salários e também os ataques e perseguições da Secretaria da Educação. Temos um governo que se diz novo, porém o clima nas escolas piorou. Com isso, mais gente deve aderir ao movimento nos próximos dias”, afirmou Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato.

Conforme Marlei Fernandes de Carvalho, da coordenação do Fórum dos Servidores (FES), “em março, nos reunimos com o governo que ficou de apresentar proposta em 30 dias, o que não ocorreu. Em 29 de abril realizamos uma grande paralisação e o vice-governador assumiu compromisso de estabelecer diálogo e construir uma solução conjunta para o problema. Até o momento o governo não apresentou qualquer proposta, por isso iniciamos a greve”, disse.

Outras categorias aprovaram adesão ao movimento em suas assembleias, entre elas estão servidores da saúde, da agricultura e do meio ambiente, agentes penitenciários, peritos, docentes e técnicos das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG), Londrina (UEL), Maringá (UEM) e Centro-Oeste (Unicentro) e servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).