Presidente do PSB comenta sobre votantes na “reforma” da Previdência

Não há histórico de o diretório ter revertido decisão da comissão de ética, diz Carlos Siqueira. 

Carlos Siqueira

Renata Bezerra de Melo, colunista do jornal Folha de Pernambuco, relata que o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, tem de cabeça o número de deputados, egressos da sigla por votarem a favor da "reforma" trabalhista, que se reelegeram em 2018. "Dos 13, apenas dois se reelegeram", recorda o dirigente à coluna.

Esses 13 deixaram a legenda após serem submetidos a processos de expulsão por contrariarem orientação do partido, lembra Renata Bezerra de Melo. "E eles votaram a favor de uma reforma (trabalhista) que não tem a gravidade dessa (Previdência)", compara Siqueira, sinalizando que o peso do "sim" dado à PEC 06/2019 é maior.

O presidente recebeu representações de vários militantes contra os deputados que votaram a favor da "reforma" da Previdência, diz a colunista. Vai distribuir o material à Comissão de Ética, que se reúne na segunda-feira, instaura processo e abre período de defesa antes de devolver parecer à presidência para que convoque o Diretório Nacional.

Esse rito, informa Renata Bezerra de Melo, deve levar cerca de 30 dias. Foi Felipe Carreras, de Pernambuco, quem votou a favor. Siqueira endurece: "Felipe Carreras resolveu mudar de lado, esqueceu das origens dele, inclusive social, e aderiu à nova classe a qual ele pertence, dos ricos, e cedeu a apelos do poder econômico. A decisão dele terá consequências".

A colunista diz que o voto "sim" de Carreras acarretou elogios de um adversário: o deputado Daniel Coelho. Daniel enalteceu no Twitter a "coragem em enfrentar o populismo irresponsável do PSB".

À coluna, Siqueira reagiu: "Irresponsável é ele com a população, não o PSB. Ele deveria lavar a boca dele para falar em irresponsabilidade do PSB". E alfinetou: "Cada um tem a companhia que merece". Segundo Siqueira, não há histórico de o diretório ter revertido decisão da Comissão de Ética.