Suposto ataque hacker alegado por governistas gera desconfiança

 Dois dias depois da líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann, anunciar que teve seu celular clonado num “ataque hacker” semelhante ao sofrido pelo ministro Sergio Moro, nesta terça-feira (23) foi a vez do ministro da Economia, Paulo Guedes, relatar mais uma invasão. Segundo ministro do governo a alegar o suposto atentado à privacidade, parlamentares não pouparam críticas às alegações.

Guedes é o segundo ministro, o terceiro próximo a Bolsonaro a alegar ataque - Divulgação
Vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA) deixou clara a desconfiança. “Crônica da farsa anunciada. Parece ser o motivo de tantos telefones de autoridades bolsonaristas sendo "hackeados". Aí tem…”, afirmou.

Ironizando a coincidência, a Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) também postou comentário em seus Twitter. “3 figuras ligadas ao governo alegam que seus celulares foram hackeados. Moro, Joice e agora Guedes. Já dá para pedir música no Fantástico?”.

Antes de Guedes, o ministro da Justiça, Sergio Moro, relatou que o celular foi invadido logo após mensagens reveladas pelo ‘The Intercept Brasil’ deixarem dúvidas sobre parcialidade de atuação de Moro, enquanto ainda juiz da Lava-Jato.

No domingo (21), o site fez sua 11ª denúncia desde que começou a série de divulgações dos chats que apontam o envolvimento de Moro e a cúpula do Judiciário. No último deles, Deltan Dallagnol sugeriu que Sergio Moro protegeria Flávio Bolsonaro para não desagradar ao presidente e não perder sua indicação ao STF.