Deputada diz que Bolsonaro é avalista da invasão de terras indígenas

A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) diz que o presidente Bolsonaro é responsável pela a invasão de terras indígenas Waiãpis por um grupo de 50 garimpeiros armados. A ação criminosa resultou no assassinato de uma das lideranças indígenas e a expulsão deles de suas terras.

Marcivânia capa - Richard Silva/PCdoB na Câmara

“No mesmo momento, em que os garimpeiros no Amapá, invadem as terras dos Waiapis, o presidente declara que pretende indicar o filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada nos EUA, para conseguir parcerias na exploração mineral em terras indígenas, o que é vergonhoso”, diz a deputada.

Segundo ela, o conflito é o efeito da política de Bolsonaro contra os indígenas brasileiros. “O discurso de ódio contra os povos indígenas, promovido durante a campanha, se materializa em ações governamentais, promovidas pelo presidente e por seu ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Heleno.

“Declarações de que indígenas não merecem tratamento diferenciado. O governo promove um verdadeiro linchamento público, dos povos indígena”, considerou

A deputada diz que o áudio do vereador Jawarawa Waiãpi (Rede-AP) é desesperador. “Relata a ação, afirmando que os criminosos possuem armas pesadas, como metralhadoras e, mataram há três dias, um dos líderes indígenas. Os garimpeiros invadiram e se instalaram na aldeia Marirí, espalhando o medo, obrigando os indigenas a fugir e se abrigarem na aldeia vizinha de Aramirã, onde estão as mulheres e as crianças”, afirmou.

Marcivânia colocou o mandato à disposição da luta dos povos indígenas e exigiu que a Polícia Federal e Exército tomem as providências. “Queremos não só que as terras sejam devolvidas para seus legítimos donos, mas também que todos os criminosos sejam presos e punidos”, cobrou.