Vaza Jato: Dallagnol é acusado de perseguir adversários

Novas mensagens divulgadas pelo Folha de S.Paulo em parceria com o The Intercept Brasil revelam que procurador Deltan Dallagnol incentivou seus colegas em Brasília e Curitiba a investigar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. De forma sigilosa, o procurador-chefe da Lava Jato mirou no atual presidente da Corte por considera-lo um adversário disposto a frear o avanço da operação.

Deltan

Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) não resta dúvida sobre os atos criminosos cometidos por Dallagnol.

“Usurpação de competência, escolha do agente a ser investigado, intromissão nas delações e utilização de órgãos de Estado, como a Receita, para a perseguição a supostos adversários. Métodos que fizeram da Lava-Jato um instrumento ilegal e agora desmoralizam seus condutores”, disse o deputado no Twitter.

O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) defendeu o afastamento imediato do procurador das suas funções na Lava Jato.

“A cada nova revelação do The Intercept há a certeza de que é um fora da lei, um viciado em ilegalidades. A permanência dele na Lava Jato é um acinte ao próprio MPF (Ministério Público Federal) e a todo o sistema de justiça, bem como ao próprio ordenamento democrático”, argumentou o parlamentar.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), cobrou providência imediata do poder judiciário. “Até quando o STF vai fazer de conta que não é com ele? Mais do que nunca, o Supremo precisa responder com firmeza aos desmandos da Lava Jato que feriram a instituição e a Democracia”, disse.

Segundo ele, está claro que Dallagnol usou sua função para perseguir adversários. “O perseguidor da República usava a Lava Jato para, deliberadamente, açoitar adversários. É um completo criminoso, que segue atuando vivamente no coração do MPF”, criticou.