Caso Marielle: citação a Bolsonaro é grave e precisa ser apurada

 Neste dia 29 de outubro, no Jornal Nacional, a Rede Globo divulgou novas informações sobre as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, segundo as quais um dos principais suspeitos dos crimes esteve na casa de outro acusado, no mesmo condomínio de Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca, em 14 de março de 2018, horas antes dos assassinatos serem cometidos.

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 Segundo o porteiro do local, o acusado Élcio Queiroz teria dito que iria à casa de Bolsonaro, que teria autorizado a entrada do mesmo. Uma vez no condomínio, Queiroz teria se dirigido à casa do outro acusado, Ronnie Lessa, o que, também segundo o porteiro, seria de conhecimento de “seu Jair”. A matéria também aponta que neste dia, Bolsonaro estaria na Câmara Federal, em Brasília.

Tais informações ainda estão sendo apuradas e devem ser investigadas a fundo, dada sua gravidade. Há muito a sociedade brasileira pede resposta à pergunta “Quem matou Marielle e Anderson?”. E não é de hoje que nos deparamos com fatos que mostram o apreço da família Bolsonaro por ex-militares ligados a milícias, inclusive com possível envolvimento com o caso.

Nunca na história do país tivemos um mandatário e uma família presidencial com ligações tão estreitas com membros de quadrilhas desse naipe. Também nunca tivemos, em nossa história recente, um presidente de personalidade tão irascível e tão apologista da violência e do ódio. Tudo isso é angustiante, triste, absurdo. O povo brasileiro não merece isso. Exigimos, no mínimo, resposta a todos esses fatos e, principalmente, a resposta às perguntas que fazemos há mais de um ano: “Quem matou Marielle? Quem mandou matar Marielle? E por que?”.

Por Abigail Pereira, vice-presidenta do PCdoB-RS