Paulo Guedes quer torrar Banco do Brasil na ciranda financeira

Ministro da Economia inicia processo para arrecadar R$ 250 bilhões para o rentismo.

Banco do Brasil Bolsonaro

A privatização do Banco do Brasil está perto de ser iniciada. É o que espera o ministro da Economia, Paulo Guedes. Sua equipe se prepara para iniciar o processo, segundo fontes citadas pelo jornal O Globo. Seria uma ação do programa de desestatizações do governo federal.

O primeiro passo seria o envolvimento do presidente Jair Bolsonaro no processo. Não seria uma privatização no curto prazo, podendo ocorrer até o fim do mandato bolsonarista, em 2022. Em nota, o Ministério da Economia informou que o governo “não pretende privatizar Banco do Brasil, Caixa e Petrobras”. O banco não comentou, informa O Globo.

Mas o jornal afirma que apesar da negativa o tema já é alvo de discussões dentro do governo. A privatização do Banco do Brasil chegou a ser abordada durante reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), o braço de privatizações do governo federal, há duas semanas.

O ministro quer pôr o Banco do Brasil nas privatizações que serão enviadas ao Congresso no próximo ano. O presidente da instituição, Rubem Novaes, é um dos grandes defensores da medida dentro do governo. Ele já chegou a afirmar que a privatização do Banco do Brasil seria inevitável.

Privatizador maluco

Na entrevista ao O Globo, publicada no domingo (1º), Paulo Guedes disse que uma privatização particularmente poderia “render” R$ 250 bilhões – sofisma para dizer que esse montante de recursos públicos vai para o rentismo privado –, sem dizer a qual estatal se referia. Duas empresas públicas, com ações negociadas na Bolsa de Valores, teriam potencial para superar as centenas de bilhões: o Banco do Brasil e a Petrobras.

Com a volta das privatizações selvagens, o BNDES quer vender até 90% das ações que detém em empresas. Para o ministro da Economia, o operador do sistema financeiro no governo Bolsonaro e espécie de privatizador maluco, o Estado tem de vender todas as empresas públicas para carrear recursos públicos ao rentismo privado.