Em premiação, Márcio Jerry destaca “a luta que vale a pena”

O PCdoB Maranhão e a Fundação Maurício Grabois entregaram na noite desta sexta-feira (13), o Prêmio José Augusto Mochel 2019. Em sua 12ª edição, a premiação homenageou personalidades e entidades que se destacaram na consolidação da democracia no Maranhão e na defesa dos direitos da população.

Presidente estadual do partido, o deputado federal Márcio Jerry destacou a importância de referenciar aqueles que são engajados na ‘luta que vale a pena’, fazendo referência à autobiografia de Raul Carrion, livro que foi lançado na mesma noite. “Pessoas que lutam pelo que é bom, belo e justo, alimentam nossa esperança de militantes”, disse.

O professor, jurista e psicanalista Agostinho Ramalho Marques Neto, um dos agraciados da noite, lembrou que a luta pela educação pública de qualidade deve ser permanente e reafirmou sua defesa pelo regime democrático. “Vemos uma escalada do desprezo pelas conquistas da civilização. Hoje, quando o famigerado AI-5 completa 51 anos, lembro que mais do que um socialismo, tive uma luta pela democracia”, afirmou.

O prêmio também foi entregue para o prefeito Edivaldo de Holanda Junior (PDT), que em viagem para o exterior foi representado pelo vice-prefeito Julio Pinheiro (PCdoB), Chico Leitoa, ex-deputado estadual e líder pedetista, e Deline Cutrim de Lima, militante feminista e ativista pelo direito das mulheres com deficiência. Roberto Brandão recebeu a homenagem em nome do Partido Pátria Livre, incorporado ao PCdoB em 2019, bem como Francisco Moraes Junior, que representou a Fazenda Esperança, de Coroatá, iniciativa responsável por um trabalho na recuperação de dependentes químicos.

O Prêmio

Criado em 2007, por iniciativa do então deputado federal Flávio Dino (PCdoB), o Prêmio José Augusto Mochel homenageia personalidades, lideranças políticas, militantes e entidades que se dedicam às lutas sociais e causas democráticas no Maranhão.

José Augusto Mochel

A premiação reverencia a memória do líder comunista José Augusto Mochel, que faleceu em 25 de março de 1988, em São Paulo. Mochel foi militante do movimento estudantil secundarista e universitário, marcando sua atuação no combate à ditadura militar. Conhecido por participar ativamente na defesa pela redemocratização, Mochel apoiou a resistência camponesa em um momento de graves conflitos pela posse da terra. Participou também da luta pela anistia e ajudou a fundar a Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos. Foi um dos reorganizadores do PCdoB no Maranhão, tendo sido candidato a deputado federal nas eleições de 1982 pelo PMDB, já que à época era o espaço de atuação do PCdoB, partido que estava na ilegalidade imposta pela ditadura.