Parlamento da Espanha aprova governo de unidade progressista

Com 167 votos a favor, 18 abstenções e 165 contra o Congresso da Espanha aprovou nesta terça-feira (7) a indicação de Pedro Sánchez como Primeiro-Ministro, representando a aliança do PSOE com o Unidos Podemos.

Sanchez será primeiro-ministro e Iglesias o viceFoto: Gabriel Bouys / AFP

A decisão encerrou o período de instabilidade política que começou com as eleições de 28 de abril de 2019, quando Sanchez não conseguiu conquistar a maioria parlamentar e os espanhóis voltaram às urnas em 10 de novembro.

Na segunda votação da investidura, o candidato à Presidência do Governo precisava de apenas uma maioria simples; portanto, a votação, apesar de muito apertada, permitiu-lhe conquistar a posição de líder do próximo governo de coalizão. Pablo Iglesias, líder do Unidos Podemos, foi confirmado como vice-presidente.

Durante o breve debate antes da votação, Sánchez apontou que o Parlamento está dividido em três blocos, liderados pelos que representam progresso, “Espanha que quer avançar”; os que não querem se juntar a esta aliança e a coalizão que vai da extrema-direita ao antissistema.

O líder do PSOE presidirá o primeiro governo de coalizão desde a Segunda República, entre seu partido e o Unidade Podemos (UP), com o apoio do Partido Nacionalista Basco (PNV) e de vários partidos regionalistas.

Como previsto, votaram contra o Partido Popular (PP), Vox, Ciudadanos, Junts da Catalunha, União do Povo Navarro (UPN), Herri Batasuna (HB), Candidatura da Unidade Popular (CUP), Partido Regionalista da Cantábria (RPC) e Foro y Coalición Canaria.

Enquanto isso, Esquerra Republicana da Catalunha (ERC) e Euskal Herria Bildu Bildu se abstiveram.

O novo governo pretende realizar seu primeiro Conselho de Ministros na sexta-feira, e espera-se que formalize ou ratifique seu novo governo entre hoje e amanhã.

Esquerda Unida

Alberto Garzón, dirigente comunista da Esquerda Unida, que também comporá o novo governo através do Unidos Podemos, criticou a tentativa das forças de direita de inviabilizar o novo governo. Para ele “ uma prática muito perigosa para a democracia e a coesão social (…)”uma atitude típica de uma era ditatorial”. Garzón afirmou “a democracia consiste em saber ganhar e perder” e “a direita sabe perder”.

Já em relação à formação do novo governo, Alberto Garzón afirmou que está “muito empolgado com o resultado”, dada a “maioria social e parlamentar” favorável à esquerda que existe no país e na sociedade.

Da redação, com informações da Prensa Latina e de agências