Flávio Dino é a novidade, afirma Bernardo Mello Franco

Mello Franco inicia o texto afirmando que “ainda é cedo para saber quem serão os adversários do bolsonarismo em 2022. Mas a movimentação do governador do Maranhão, Flávio Dino, indica que há algo de novo no front da esquerda. Ele é filiado ao PCdoB, que nunca lançou candidato ao Planalto”.  Ele ressalta que  Flávio Dino se projeta como alternativa no espaço em que o PT ainda não conseguiu se posicionar. “Ele se reelegeu numa coligação de 16 partidos, que uniu o PCdoB ao DEM. Agora defende a montagem de uma frente ampla para impedir a reeleição de Bolsonaro”, escreve Franco. O articulista afirma que o “governador tem ampliado suas conversas para além da esquerda” e cita os encontros com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o apresentador Luciano Huck, bem como seu contato frequente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

O artigo fala que “Dino destronou a família Sarney, que dominou o Estado por meio século” e ressalta na primeira disputa, em 2014, o PT e Lula preferiram apoiar o candidato sarneysista Lobão Filho.  “Agora os petistas se esforçam para cortejar o governador. Em janeiro, Lula sugeriu que ele seria bem-vindo de volta ao PT, onde começou a militar na juventude. O ex-presidente nega ter feito um convite formal, mas a sondagem ocorreu”, afirma Mello Franco.

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O colunista destaca que os aliados de Dino consideram que ele “reúne características que podem arejar a oposição. Faz uma gestão popular, nunca se envolveu em escândalos e tem perfil conciliador”.  Resgata parte da trajetória do governador que também foi deputado e juiz federal, tendo sido o primeiro colocado no concurso que aprovou o ex-juiz e agora ministro de Bolsonaro, Sergio Moro.

“Para tirar a extrema direita no poder, o governador prega uma renovação de slogans e de estratégia”, lembra o jornalista, que destaca o lançamento do Movimento 65, cujo objetivo é  filiar pessoas progressistas para a disputa das prefeituras e câmaras municipais. Em vídeo da campanha, Flávio Dino afirma que o objetivo é juntar “boas ideias, gestão eficiente e vontade” para “construir um Brasil melhor”.