Filme que denuncia desmonte do SUS será lançado em julho
Documentário “Na Fila do SUS” estará disponível na plataforma independente Bombozila. Quem quiser ainda pode colaborar com financiamento.
Publicado 07/03/2020 15:11 | Editado 07/03/2020 18:29
Com previsão para lançamento em julho, um documentário denuncia o desmonte e a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Produzido pela plataforma independente Bombozila, “Na fila do SUS” busca debater a precarização do sistema público de saúde do Brasil. O longa foi dirigido por Ellen Francisco, profissional da saúde e pesquisadora.
O filme busca retratar os ataques ao SUS em três diferentes frentes e estados. No Rio de Janeiro, trata do desmonte da atenção básica e do impacto nas Clínicas da Família, que atendem milhões de usuários e em muitos casos são o único recurso de cuidado da população.
Em São Paulo, o destaque é a população em situação de rua e usuária de drogas que tem se tornando alvo de uma política de repressão, diante da suspensão de políticas públicas de redução de danos, saúde mental e reinclusão através de programas de emprego e moradia de governos passados.
Outro tema abordado
é a saúde dos povos indígenas no contexto do avanço do
agronegócio sobre áreas de preservação na Amazônia, além de
mostrar a forma como os conflitos pela terra agravam a precariedade
do acesso aos serviços de saúde por parte dessa população.
Por
fim, o documentário vai tratar da estrutura do poder político,
envolvendo planos de saúde privados, partidos, esquemas de corrupção
e candidatos em campanha, sob a ótica de pesquisadores e professores
acadêmicos que se dedicam a levantar dados sobre a saúde pública
no país.
“Na Fila do SUS” está na última etapa de gravação e a plataforma Bambozila ainda está recebendo doações de quem deseja contribuir com o filme. O link para doar é https://apoie.bombozila.com/projeto/nafiladosus/.
Conhecida como “Netflix das lutas sociais”, a plataforma Bombozila foi criada em 2016 e reúne cerca de 500 documentários independentes sobre justiça social e luta por direitos, prioritariamente produzidos no Brasil e América Latina, mas também títulos de países como, Palestina, África do Sul, Portugal, España e Estados Unidos.