Filme que denuncia desmonte do SUS será lançado em julho

Documentário “Na Fila do SUS” estará disponível na plataforma independente Bombozila. Quem quiser ainda pode colaborar com financiamento.

Imagem do documentário "Na Fila do SUS" - Foto: Divulgação

Com previsão para lançamento em julho, um documentário denuncia o desmonte e a privatização do Sistema Único de Saúde (SUS). Produzido pela plataforma independente Bombozila, “Na fila do SUS” busca debater a precarização do sistema público de saúde do Brasil. O longa foi dirigido por Ellen Francisco, profissional da saúde e pesquisadora.

O filme busca retratar os ataques ao SUS em três diferentes frentes e estados. No Rio de Janeiro, trata do desmonte da atenção básica e do impacto nas Clínicas da Família, que atendem milhões de usuários e em muitos casos são o único recurso de cuidado da população.

Em São Paulo, o destaque é a população em situação de rua e usuária de drogas que tem se tornando alvo de uma política de repressão, diante da suspensão de políticas públicas de redução de danos, saúde mental e reinclusão através de programas de emprego e moradia de governos passados.

Outro tema abordado é a saúde dos povos indígenas no contexto do avanço do agronegócio sobre áreas de preservação na Amazônia, além de mostrar a forma como os conflitos pela terra agravam a precariedade do acesso aos serviços de saúde por parte dessa população.

Por fim, o documentário vai tratar da estrutura do poder político, envolvendo planos de saúde privados, partidos, esquemas de corrupção e candidatos em campanha, sob a ótica de pesquisadores e professores acadêmicos que se dedicam a levantar dados sobre a saúde pública no país.

“Na Fila do SUS” está na última etapa de gravação e a plataforma Bambozila ainda está recebendo doações de quem deseja contribuir com o filme. O link para doar é https://apoie.bombozila.com/projeto/nafiladosus/.

Conhecida como “Netflix das lutas sociais”, a plataforma Bombozila foi criada em 2016 e reúne cerca de 500 documentários independentes sobre justiça social e luta por direitos, prioritariamente produzidos no Brasil e América Latina, mas também títulos de países como, Palestina, África do Sul, Portugal, España e Estados Unidos.

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