Covid-19: Campanha Cidade Solidária mobiliza apoio em Fortaleza

Ajude quem mais precisa a superar a crise do Coronavírus!

A Campanha Cidade Solidária surgiu para ajudar quem mais precisa superar a crise do Covid-19, através de arrecadação de alimentos não perecíveis e artigos de higiene para serem doados às famílias da periferia de Fortaleza. O lançamento da campanha solidária ocorrerá na próxima sexta-feira (24), às 10 horas, na página do Facebook Cidade Solidária (facebook.com/cidadesolidaria2020). Na ocasião, ocorrerá uma live, um bate-papo, com o presidente da Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza, Natanael Mota, e presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo.

Cidade Solidária é realizada pela Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza (FBFF) e Sindicato dos Bancários do Ceará, juntamente com entidades e organizações dos movimentos sociais. Tem como objetivo ajudar os mais vulneráveis e impossibilitados de conseguir seu sustento nesse período de pandemia.

Natanael Mota, presidente da FBFF, fala sobre a importância da campanha. “Cidade Solidária é uma inciativa para ajudar as famílias da periferia de Fortaleza que estão passando por dificuldade financeira. As pessoas carecem de condições básicas para enfrentar uma crise sanitária de proporções inéditas, como essa. Precisamos pensar nos outros e ajudá-los!”, enfatizou Natanael.

As contribuições podem ocorrer através de depósito ou transferência bancária na conta da Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza (Banco do Brasil / Agência: 0675-0 / Conta Corrente: 101.555-9 / CNPJ: 07.211.782/0001-57). Ajuda também pode ocorrer acessando o link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/cidade-solidaria. Os alimentos não perecíveis e os itens de higiene para doação podem ser recolhidos em casa, apartamento ou local de trabalho, é só agendar pelo telefone (85) 99177-5931 ou e-mail: [email protected].

As doações arrecadadas serão distribuídas às comunidades e associações de bairro cadastradas junto à Federação de Bairros e Favelas, priorizando catadores de materiais recicláveis, trabalhadores informais, ambulantes e desempregados, enfim, todos aqueles que dependem de suas vendas e arrecadações do dia-a-dia para sobreviver. Estamos recebendo ainda doações de tecidos e elásticos para serem confeccionadas máscaras de proteção.

Confira o Manifesto Cidade Solidária: Ajude quem mais precisa a superar a crise do Coronavírus!

No mundo, a Pandemia de Coronavírus chega a números alarmantes. Primeiro a Ásia, depois a Europa e os Estados Unidos, o novo epicentro da doença. O fantasma da tragédia ameaça os povos do planeta.

Governos de praticamente todos os países e orientações ideológicas, a Organização das Nações Unidas (Onu), empresas e sociedade civil se unem para possibilitar o acesso à alimentação saudável, moradia segura, serviço de saúde universal e renda mínima para as populações de baixa renda. São condições básicas para enfrentar uma crise sanitária de proporções inéditas na história humana.

No Brasil, mesmo com os desmandos de um presidente que ignora o papel da ciência, instituições públicas e privadas, autoridades médicas e sanitárias, o judiciário e a maioria esmagadora de governadores (as) e prefeitos (as) vêm desempenhando papel fundamental no enfretamento à pandemia, realizando ações que vão do isolamento social, principal recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a iniciativas de assistência social e proteção de empresas, empregos e salários. Sabem que é preciso cuidar da população que mais necessita. Embora importantes para o sistema que parte representa, bancos não passam fome. E quem tem fome, tem pressa.

A campanha Cidade Solidária, organizada por entidades comunitárias, sindicais, estudantis, juvenis, religiosas e da sociedade civil de Fortaleza soma-se às muitas iniciativas já surgidas com o propósito de mobilizar nosso povo em torno de medidas que possam atender aos que mais precisam nesse momento.

Apresentamos propostas aos governos do estado e do município. E propomos à sociedade de Fortaleza, quinta maior e uma das cidades mais desiguais do Brasil, que juntos possamos ajudar a salvar vidas, protegendo e cuidando da maioria dos (as) fortalezenses.

• Transformar associações comunitárias, sindicatos e entidades da sociedade civil em pontos de arrecadação de alimentos não perecíveis, produtos de limpeza e higiene pessoal;

• Ampliar provisoriamente o benefício do Programa Mais Infância e outros programas de atenção nutricional às crianças e jovens;

• Pagar a renda mínima emergencial aprovada pelo Congresso Nacional de acordo com o calendário anunciado;

• Ampliar provisoriamente a faixa de benefícios das tarifas sociais de água e luz para além do já anunciado, buscando ainda medidas para redução do preço do gás de cozinha tais como zerar o ICMS e outros impostos para o setor durante o tempo que durar a crise;

• Negociar com as empresas operadoras a suspensão dos cortes de água, luz e telefone por falta de pagamento por mais de 30 dias também para as pequenas e microempresas que não demitirem seus funcionários;

• Suspender qualquer tipo de despejo individual e/ou coletivo por meio de negociação entre governos e judiciário;

• Estabelecer normas seguras para distribuição de comida para quem depende de restaurantes populares e alimentação escolar e/ou industrial, garantindo logística e priorizando gestantes, lactantes, idosos e pessoas com deficiência.

• Criar rede de fábricas e laboratórios de universidades, para fabricação de álcool em gel, máscaras e testes rápidos para detecção do Coronavírus, mapeando, buscando insumos e ampliando a distribuição da produção;

• Criar grupo com judiciário, Defensoria, MP, OAB e demais entidades para avaliar penas e medidas socioeducativas que possam ser cumpridas em casa, além das que já vêm sendo tomadas em ambientes prisionais e de restrição da liberdade;

• Ampliar o programa de saúde da família – PSF – em conjunto com postos e Upas para atendimento das populações locais mais vulneráveis, incluindo pessoas em situação de rua;

• Ampliar e facilitar o acesso ao aluguel social com prioridade para famílias sem moradia, podendo ainda adquirir casas prontas e transferir famílias em situação de rua e outras tipos de vulnerabilidades sociais, ocupar imóveis vazios por tempo limitado com essas famílias e ampliar a capacidade de atendimento do CentroPop, realizando busca ativa junto às igrejas associações, grupos de oração;

• Utilizar o transporte público da cidade para informar os segmentos dos grupos de mento social, estimulando o uso do sistema em horários fora do pico e garantindo o ir e vir de pessoais.

Assinam o Manifesto: União de Negros e Negras Pela Igualdade – Unegro; União Nacional LGBT – UnaLGBT; União Brasileira de Mulheres – UBM; União da Juventude Socialista – UJS; União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – Ubes; Associação Cearense dos Estudantes Secundaristas – ACES; União Nacional dos Estudantes – UNE; Central dos Trabalhadores do Brasil – CTB; CebraPaz Ceará; Centro Socorro Abreu; Rede Comunitária de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher; Associação dos hemofilícos do Estado do Ceará – Ahece; Comitê Solidário do Bairro Siqueira;  Comitê Solidário do Residencial Comunitário Luiz Gonzaga; Comitê Dias Macêdo Contra o Coronavírus; Associação de Advogados e Advogadas pela Democracia, Justiça e Cidadania – ADJC-Ceará; União Estadual dos Estudantes do Ceará – UEE CE; Mandato do Vereador Evaldo Lima.