Após liberar salões, Bolsonaro vetará R$ 600 a manicures e barbeiros
Categorias seriam beneficiadas com aprovação de projeto de lei de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), além de esteticistas e depiladores. O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, adiantou o veto.
Publicado 12/05/2020 17:39 | Editado 12/05/2020 20:00
O presidente Jair Bolsonaro deve vetar o auxílio emergencial de R$ 600 para manicures e pedicures, barbeiros, esteticistas, depiladores, maquiadores e demais profissionais da beleza.
As categorias seriam beneficiadas com a aprovação pelo Congresso de projeto de lei de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que ampliou a relação de quem poderia receber a ajuda do governo.
O presidente incluiu justamente os profissionais da beleza no decreto publicado nesta segunda-feira (11) em que ampliou a lista de serviços essenciais, dizendo que salões de beleza e barbearias poderiam voltar a funcionar.
“Se esses grupos já estivessem recebendo, para que precisariam trabalhar e se expor a contrair o vírus? E, se não estão recebendo, em vez de Bolsonaro mandá-los trabalhar, por que não sancionar a ajuda?”, questiona Randolfe.
O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni já avisou que o presidente vai vetar parcialmente a lei aprovada. O ministro alega que essas categorias já estão contempladas na primeira lei sancionada por Bolsonaro, no dia 2 de abril. Segundo ele, apenas dois grupos do projeto do Congresso serão sancionados por Bolsonaro: o de mães menores de idade e o de pais monoparentais.
Decreto
Governadores estaduais, a quem cabe a decisão sobre as medidas de isolamento, segundo o Supremo Tribunal Federal, já anunciaram que não vão seguir a orientação do presidente.
Os governadores João Doria (SP), Wilson Witzel (RJ), Flavio Dino (MA), Camilo Santana (CE), Helder Barbalho (PA), entre outros, já declararam abertamente que não acatarão o decreto editado por Bolsonaro.
O presidente rebateu as manifestações e afirmou que os governadores devem questionar o decreto via Justiça ou Legislativo.
Fonte: Yahoo Notícias