Pastor Milton Ribeiro é o novo ministro da Educação

Evangélico substituirá Abraham Weintraub, que deixou o cargo para tentar apaziguar crise do governo com Supremo Tribunal Federal.

O novo ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro - Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro escolheu Milton Ribeiro para ser o novo ministro da Educação. Ribeiro é pastor da igreja Presbiteriana em Santos e vice-reitor da Universidade Mackenzie.

A escolha foi confirmada pelo presidente da República em sua página no Facebook. A nomeação também já foi publicada em decreto no Diário Oficial da União.

Apesar de evangélico, Ribeiro não era um nome apoiado pela bancada do segmento na Câmara, relata o Estadão. Segundo o jornal, o grupo tinha como candidato preferido o reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Anderson Correia. Ex presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), ele é membro da Igreja Batista.

Ribeiro substituirá Abraham Weintraub, que deixou o cargo para tentar apaziguar a crise do governo com o Supremo Tribunal Federal. Em reunião de ministros em 22 de abril, Weintraub defendeu a prisão de ministros do Supremo. Ele também apoiou manifestações antidemocráticas e abriu crise com a China, principal parceiro comercial do Brasil, com posts ofensivos aos chineses e até racistas no Twitter.

Bolsonaro chegou a nomear o professor Carlos Alberto Decotelli, ex-presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), para suceder Weintraub. Cinco dia depois, no entanto, ele pediu demissão após informações falsas serem apontadas em seu currículo.

Na última quinta-feira (3) Bolsonaro convidou para o MEC o secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, que havia aceitado. Entretanto, com a divulgação o convite, Feder passou a ser alvo de fritura de grupos ideológicos, evangélicos e até militar. No domingo (5) o secretário usou as redes sociais para rebater as críticas e disse que declinou a proposta do presidente.

No ano passado, Bolsonaro havia nomeado Ribeiro para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência, grupo responsável por apurar a conduta de integrantes da administração pública federal e de analisar possíveis conflitos de interesse no serviço público. O grupo não tem poder para punir servidores e ministros. No máximo, o colegiado pode recomendar exonerações ou aplicar sanções administrativas, entre as quais a censura ética, espécie de “mancha” no currículo do servidor.

Com informações do Estadão

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