Orlando defende retomar as obras públicas e reindustrializar SP

“São Paulo tem que estar ligada em economia digital, em economia criativa e em indústria baseada em automação”, afirmou o candidato à prefeitura de São Paulo em entrevista.

Orlando Silva concede entrevista - Foto: Reprodução SBT

O deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo, Orlando Silva (PCdoB), defendeu a retomada das obras públicas e a reindustrialização da cidade para enfrentar o desemprego e a crise econômica.

Orlando Silva afirmou que sua gestão terá a “perspectiva de reindustrializar a cidade de São Paulo”. “Todo mundo olha para São Paulo como locomotiva do país, como local da indústria, mas se andarmos na Vila Prudente, Santo Amaro, na Mooca, no Brás, veremos verdadeiros cemitérios de fábricas”.

“Essa reindustrialização deve se basear na indústria 4.0, porque nós temos aqui o maior polo científico da América Latina, só que essa ciência está desconectada da produção econômica”, disse.

“A Prefeitura pode ser um mecanismo de encontro para que nós possamos aproximar a produção científica das nossas necessidades econômicas”, continuou, durante sabatina feita pelo SBT.

“São Paulo tem que estar ligada em economia digital, em economia criativa e em indústria baseada em automação. Assim, nós podemos situar a nossa cidade entre aquelas que puxam o desenvolvimento econômico do país”, acrescentou.

Ainda durante a entrevista, Orlando afirmou que seu programa prevê a “retomada de obras públicas, apoio às cooperativas nas periferias, operações urbanas que vão gerar moradia e, a partir daí, empregos. Nós vamos ter a retomada da atividade econômica com a Prefeitura”.

“A Covid-19 vai deixar, infelizmente, um rastro de destruição na nossa economia e a partir do dia 1º de janeiro não vai mais ter o auxílio emergencial. O Bolsonaro, que não queria o auxílio, já cortou”.

Bolsonaro e Russomanno

O deputado federal afirmou que o candidato Celso Russomanno (Republicanos) é “marionete de Bolsonaro. A minha luta é para derrotar esse tipo de gente, gente que não gosta de povo, que não faz política para garantir direitos para o povo. Eu acredito ser necessário um projeto popular que inclua o povo pobre e garanta seus direitos”.

“Celso Russomanno é um pastel de vento. Ele deu uma entrevista ontem à Folha de S. Paulo e o que ele mais falou foi ‘não sei’, ‘não sei responder’ e ‘não é o meu assunto’. É ridículo, ele quer fugir dos debates como fez Bolsonaro”, continuou.

“A TV Cultura ofereceu um debate aos candidatos e ele já falou que não vai, porque não tem ideia, não tem proposta, não tem perspectiva”.

“Quem defende frente ampla – e eu defendo – defende uma frente ampla anti-Bolsonaro, que é o mal maior do Brasil, hoje”, disse.

“Bolsonaro é esse desastre político que desmoraliza o país no mundo inteiro. A Amazônia e o Pantanal em chamas e ele diz que está tudo bem. Então, o nosso problema é construir uma frente ampla política para derrotar esse viés conservador, reacionário”.

Corrupção

Durante a sabatina, os entrevistadores insistiram em fazer diversas perguntas sobre desvios que supostamente aconteceram sob a gestão de Orlando Silva no antigo Ministério do Esporte.

Para decepção dos entrevistadores, Orlando rebateu e esclareceu todas as dúvidas, apontando que “houve uma farsa, houve uma mentira”. “Quase dez anos depois e eu nunca fui convidado sequer para prestar depoimento. Por que? Porque era uma farsa, uma grande armação”, respondeu o candidato.

“Eu não tenho nenhuma dúvida de que foi feita uma armação para me deslocar do lugar de poder. Não aconteceu nada. Infelizmente teve bastante eco e ninguém falou depois que nada foi apresentado, nada foi provado e que eu sequer fui ouvido”, disse.

Um dos entrevistadores também quis levantar dúvidas quando Orlando Silva utilizou, por engano, o cartão corporativo para pagar uma tapioca, que custava R$ 7,80.

“Era uma acusação de corrupção sobre uma compra de R$ 7,80. Não importa o valor, como era uma compra errada – eu confundi os cartões – eu devolvi o dinheiro”, afirmou Orlando Silva.

“O ‘Estadão’ foi investigar todos os gastos e chegaram ao ápice de dizer que eu tinha ido ao Copacabana Palace, e eu nunca na vida tinha entrado lá. Era um hotel chamado Plaza Copacabana”, explicou.

“Durante cinco anos, eu usei R$ 36 mil. Eu devolvi cada centavo para que não pairasse dúvida não só sobre a minha honestidade, mas também sobre o meu compromisso com a boa utilização do dinheiro público”, esclareceu.

Fonte: Hora do Povo

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