Eleição 2020: 44% dos vereadores eleitos nas capitais são negros

Palmas é a capital mais negra, enquanto Curitiba é a mais branca – elegeu a 1ª vereadora negra em 2020

Karen Santos (PSOL), Laura Sito (PT), Bruna Rodrigues (PCdoB) e Daiana Santos (PCdoB): as vereadoras negras eleitas em Porto Alegre

A vereança das capitais brasileiras será consideravelmente negra em 2021. Somando as cadeiras de todas as 25 capitais que elegeram suas câmaras no domingo (15), 44% serão ocupadas por pessoas negras. Porém, quando olhamos para gênero, mulheres serão apenas 18% das câmaras municipais de capital.

Palmas (TO) é a capital com maior quantidade de pessoas negras eleitas: entre as 18 cadeiras, há somente uma pessoa branca. De acordo com o IBGE, a categoria de negros inclui pretos e pardos. Em Cuiabá (MT), negros eleitos para a câmara municipal são 76%. Mulheres, entretanto, são apenas duas entre todos os eleitos. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral.

Na outra ponta, a capital com a câmara municipal mais branca do Brasil será Florianópolis. Todas as 23 cadeiras foram ocupadas por pessoas brancas. Em Recife (PE), 28% dos vereadores eleitos são negros. Já em Curitiba (PR), apesar de ser uma das capitais com câmaras mais brancas, haverá a primeira vereadora negra, Carol Dartora (PSOL), terceira mais votada na cidade.

A capital paulista teve também uma mulher negra e mais nove vereadores negros, que somam 18% do total dos parlamentares. Ainda no Sudeste, o Rio de Janeiro também teve uma mulher negra entre os mais votados, Tainá de Paula (PT), com  24.881 votos. Além dela, haverá outras três mulheres negras.

João Pessoa (PB) elegeu somente uma mulher como vereadora e tem a menor proporção entre as capitais (4%). Vitória (ES), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO) e Manaus (AM) são outras capitais que não passam de 10% de mulheres nas câmaras municipais.

Rio Branco e Vitória também tiveram um número absoluto baixo, apenas duas eleitas, o que representa 12% e 13%, respectivamente. Em Aracaju, capital sergipana, quatro mulheres terão mandato a partir de 2021, o que representa 17% do total de parlamentares.

Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, seguiu os passos de Aracaju e também tem como mais votada uma mulher trans: a professora Duda Salabert (PDT) recebeu 37.613 votos. Outras dez mulheres também ocuparão uma cadeira na câmara municipal de BH, o que faz da cidade a segunda capital com maior proporção de mulheres do Brasil, 27%.

O topo da proporção de mulheres eleitas é ocupado por Porto Alegre, com 31%. São 11 mulheres entre os 36 vereadores, incluindo duas do PCdoB – Bruna Rodrigues e Daiana Santos.

Com informações da CartaCapital

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