Organizações apresentam dados sobre quilombolas no Amapá

Estado receberá dados de pesquisa, que poderá embasar reivindicação de direitos e políticas públicas para as comunidades quilombolas.

Duas organizações não-governamentais, a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) e a Ecam Projetos Sociais vão se reunir com lideranças quilombolas e representantes de órgão públicos do Estado do Amapá nesta sexta-feira (22) às 15h para debater sobre a qualidade de vida nos territórios quilombolas amapaenses.

A ação faz parte de uma sequência de webinars que as organizações vêm realizando, desde o ano passado, com o objetivo de entregar os dados de uma pesquisa socioeconômica, realizada por 107 comunidades quilombolas de 6 estados da Amazônia Legal: Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins. A reunião será virtual devido à pandemia, transmitida ao vivo pelo Facebook e Youtube da Conaq.

Os dados da pesquisa estão disponíveis na publicação Quilombos e Quilombolas na Amazônia: os desafios para o (re)conhecimento. Além da Ecam Projetos Sociais e da Conaq, a ação tem participação do Google Earth Solidário e da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).

Até agora, já foram realizadas as entregas dos dados socioeconômicos no Tocantins, Pará, Mato Grosso, e, com a transmissão de amanhã, será a vez do Amapá. As próximas acontecerão com as comunidades quilombolas de Rondônia e Maranhão.

Apagão

Em novembro do ano passado, a maior parte das cidades do Amapá enfrentou problemas no fornecimento de energia, que afetou o abastecimento de água, a compra e armazenamento de alimentos, serviços de telefonia e internet, entre outros. Quase 90% da população (cerca de 765 mil pessoas) foi afetada. Após 2 blecautes totais e 22 dias de fornecimento em rodízio, energia foi restabelecida no estado.

Segundo a coordenadora da pesquisa , Meline Machado, o apagão será mencionado no webinar. “Na pesquisa, por exemplo, 94% das casas informaram que são abastecidas de energia elétrica pela rede pública. No entanto, esse abastecimento sofre muita descontinuidade, causando grande prejuízo aos moradores por conta da queima de eletrodomésticos e perda de alimentos por falta de refrigeração adequada. Essa é uma situação que foi ainda mais agravada com o apagão”, afirmou.

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