Randolfe apresenta mais evidências sobre mentira de Pazuello na CPI

O vice-presidente da CPI da Covid revelou um Twitter publicado pelo Ministério da Saúde sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina do Butantan que foi apagado após o ex-ministro da Saúde, numa live ao lado do presidente, ter afirmado: “É simples assim um manda e outro obedece.”

Randolfe Rodrigues questiona Pazuello na CPI (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues, apresentou nesta quinta-feira (20) mais indicativos de que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pauello mentiu na comissão ao tentar proteger Bolsonaro. Nesta quinta-feira (20), o vice revelou um Twitter publicado pelo Ministério da Saúde sobre a compra de 46 milhões de doses da vacina do Butantan que foi apagado após o ex-ministro, numa live ao lado do presidente, ter afirmado: “É simples assim um manda e outro obedece.”

No dia 19 de outubro do ano passado, após ele assinar o protocolo de intenção para comprar da vacina, Bolsonaro declarou que não as compraria. Depois disso, Pazuello fez a declaração subserviente. No entanto, disse aos senadores que a afirmação não tinha a ver com a ordem do presidente. “Na verdade, aquilo era só um jargão militar, uma posição de internet. Nunca o presidente da República mandou eu desfazer qualquer contrato, qualquer acordo com o Butantan”, disse.

Sobre o Twitter, Randolfe mostrou a postagem retirada. “Retirado?”, reagiu Pazuello. “Retirado, deletado”, disse o vice. “Isso é atualizado todos os dias, senador”, justificou. “Não, isso foi retirado. Esse Twitter foi deletado”, retrucou o vice. “Senador, olha só, eu não faço uso de Twitter”, alegou o ex-ministro.

As respostas irritaram o senador amapaense. “O senhor está aqui claramente protegendo uma pessoa por essas informações: o Presidente da República. Tem alguns que estão aqui lhe aconselhando, mas me permita eu aconselhar: estão lhe aconselhando mal, porque esses, na hora de responder ao inquérito, não estarão ao seu lado”, disse Randolfe.

Ele ainda aconselhou o ministro a colaborar mais diretamente com a CPI, “porque ficou claro de quem foi a responsabilidade sobre toda a tragédia vivida”.

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