Ataques israelenses a Gaza deixam ao menos 20 mortos nesta segunda (3)

Os ataques aéreos continuam matando palestinos enquanto o primeiro-ministro Netanyahu enfrenta pressão de todos os lados sobre propostas de cessar-fogo.

Foto: Reprodução

Cerca de 20 palestinos, incluindo três crianças, foram mortos nesta segunda (3) após outro ataque aéreo lançado por Israel contra a Faixa de Gaza. O bombardeio ocorre em meio as tratativas para um acordo de cessar-fogo entre o governo Netanyahu e o Hamas, costurado pelo presidente dos EUA, Joe Biden.

No sul do enclave, taques aéreos foram relatados pela agência de notícias da Palestina, WAFA, em várias áreas de Rafah e em Khan Younis, onde doze pessoas foram mortas. No centro de Gaza, bombardeios atingiram o campo de refugiados de Bureji, matando pelo menos seis pessoas.

Já os ataques no campo de Nuseirat mataram outros quatro palestinos, enquanto outros sete foram mortos na área de az-Zawayda.

Em Jabalia, ao norte de Gaza, equipes de defesa civil disseram na segunda que ainda trabalhavam para retirar corpos dos escombros.

Pelo menos 36.439 palestinos desde o início da campanha israelense em vingança pelos ataques orquestrados pelo Hamas, em 7 de outubro. De acordo com o ministério da Saúde em Gaza mais 82 mil pessoas ficaram feridas e milhares ainda estão desaparecidos.

Os ataques israelenses continuam destruindo Gaza e ceifando mais vidas palestinas em meio a uma tentativa de acordo para um cessar-fogo e troca de reféns por presos palestinos. 

O acordo está sendo costurado pelo governo do presidente americano Joe Biden e impõe um plano israelense de três fases para encerrar o conflito. Biden chamou de “mapa do caminho para um cessar-fogo duradouro”, após mais de oito meses de conflito.

Nas três fases, Israel e Hamas poriam em prática “um cessar-fogo total e completo” de seis semanas, com a retirada das forças israelenses “de todas as áreas povoadas da Faixa de Gaza”, enquanto todos os reféns seriam libertados pelo grupo islâmico, inclusive militares israelenses do sexo masculino.

Se ambas as partes cumprirem o acordo, isso levará, segundo o plano, ao “fim das hostilidades de forma permanente”, segundo Biden, quando um plano de reconstrução e estabilização da Faixa de Gaza teria o apoio dos ianques e da comunidade internacional.

O governo egípcio afirmou nesta segunda (3) que o Hamas recebia com bons olhos a proposta americana. O acordo, no entanto, segue travado por causa da extrema-direita israelense, que ameaça deixar a coalizão de Netanyahu, caso o primeiro-ministro aceite o plano de cessar-fogo.

Fontes de uma emissora de televisão de Israel, o canal 12, afirmam que em uma reunião a portas fechadas do Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, o parlamento de Israel, Netanyahu disse que “a proposta apresentada por Biden está incompleta”.

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